SEJA UM DETECTOR DE MENTIRAS HUMANO
Sinais co ntraditórios e o que significa m
Neste capítulo e no próximo, quero d i scutir dois casos especiais de "comunicação si lenci osa prát ica". Existem certos sinais inconsc ientes q u e apenas mostramos em certas situações. O próx i mo capít u lo fa l ará sobre atração. Você ficará espantado com o q ue a sua mente inconsciente apronta quando acredita ter encontrad o um parce iro adequado aos seus genes (ou seja, alguém atraente). Mas, antes disso, analisaremos um tópico diferente e interessante: as mudanças v isíveis em nossa com u nicação silenciosa quando tentamos mentir.
Na quali d ade de leitor de mentes, naturalmente é importante consegu ir perceber quando alguém está mentindo para você. Você já aprende u a identificar certos tipos de sinais fa lsos, já que ap rendeu a diferenciar um a expressão facial falsa de outra genuín a. Com o v ocê verá, contudo, quan do o assunto é a m entira, isso é só o começo.
O je ito mais fácil de me nti r é com palavras, poi s é isso que praticamos a vida tod a. Não som os tão bons em menti r com as express ões faciais, embora j á tenhamos um pouco de prática nessa área também . O pior de tudo é mentir com o corpo. A maioria de nós provavelmente nem pensou no fato de que o n osso corpo realmente "fal a " muito também . E ntão é irôn i co prestarmos ma i s atenção ao qu e alguém nos d iz, d ando menos importância à s expr essões faciais.
Se su spe itarmos que alguém possa estar me nti ndo, fi caremos aind a mais concentrados no que está sendo dito - quando deveríam os fazer o oposto. Se quisermos saber o q ue alguém está realme nte nos faland o, devem os n os preocupar menos com as pa l avras d itas e mais com o que ele estiver expressando com o resto do corpo e o tom de voz.
Mas realmente é possíve l perceber quando alg u ém está mentin d o? Sim e não. Podem os detectar certos sinais d emonstrados par a certos tipos de m entiras, q ue envolvem certo nível de estresse emocional. Então o qu e n ormalmente veremos é a lguém e stressado ou nervoso, não alguém me ntindo de forma propriame nte d ita. Mas às vezes esses sinais são tudo o que prec i samos para deduzir se alguém está dizen do inverdades. Também há al guns si nai s que somente aparec e m quando alguém e stá m enti ndo. O segred o é encontrá -los.
Alg u mas pessoas são ótimas para detectar se alguém está tenta n do enganá-l as e outras nu nca apren dem a f azê-lo. E, é claro, alguns são m entirosos natos e não dão nenhuma pista (os melhores tende m a ser psicopatas) , enquanto outros nem sequer conseguem m entir sobre a quantida d e de biscoitos que comeram sem dar bande ira. Somos todos diferentes, mas a maiori a de nós exibe vários desses sinais e também pode melhorar a habilidade de identificá los.
Oque é a mentira?
A arte de detect ar mentiras fascina m uita gen te, esp eci almente quem é poli ci al, mi litar e aq ueles que trabalham na just iça. Com o o d etector de m entiras clássico - o polígrafo - é tão pouco confiáveiW, os pesquisadores da me ntira (um deles é Paul Ekman, que mencionei antes) esforçam -se mu i to par a id entificar os sina is que pod e riam r ev ela r uma m entira. E eles têm progred id o muito. Mas o que rea lment e queremos dizer ao usar a palav ra "mentir a"?
A maioria d e nós mente o tempo todo, no sentido de que aquilo q u e dizemos não repr esenta prec i sament e a verdadeira situação . A maior i a das mentiras na socie d ade é tri vial, porém, e as no ssas r eg r as sociai s p ressupõem u m gr ande número de menti ras triviais. Se pergunta r em: "Tudo bem com você?", em geral respond eremos: "Bem, obrigad o, e você?", mesmo quando
não estivermos nada bem. Sabem os que quem pergunta na verdade nã o está interessad o numa
descr ição detalhada do nosso estado e está simplesmente usando a pergunta como uma frase
de saudação .
Em algumas situações, precisamos mentir e não demonstrar os nossos reais sentimentos. Num concurso de beleza, o vencedor pode chorar e ficar emocionado, enquanto os perdedores devem mostrar o quanto estão felizes pelo vencedor e ser fortes diante da derrota. Se todos mostrassem como realmente se sentem, provavelmente veríamos os finalistas aos prantos e o vencedor rindo e pulando de alegria. Ocultar as emoções ou fingir sentir algo que não se sente é outra forma de mentira.
É claro que não estamos interessados nesses tipos de mentiras permissíve is. Os tipos de
mentiras que nos interessam são aquelas em que alg uém mente num contex to onde não é permitido mentir em termos socioculturais e o motivo da mentira é obter vantagem pessoal. Isso também significa que a mentira deve ser consciente: o mentiroso precisa saber que aquilo
que diz não descreve corretamente a realidad e. Lembre: a mentira pode ser uma declaração, mas também pode ser uma questã o de quais emoções demonst ramos ou não. Se eu lhe disser que venc i uma partida de tênis que de fato tenha perdido, estou mentindo. Mas, se eu demonstrar que estou feliz em atos e expressões faciais quando de fato est ou triste, estou mentindo também.
Quando alguém ment e, sempre existe uma recompensa e/ou uma punição envolvidas, o que motiva a mentira. Você mente para conquistar uma rec omp ensa que não conquistaria de outro modo ou para evitar uma punição que está a ponto de receber. Também pode ser a com binação de ambos: você mente para conquistar uma recompensa à qual de fato não tem direito, como o apreço de alguém, mas, se a mentira for descoberta, você pode ser punido no fim do relac ionamento. Sinais contraditórios
O s sinais detec táveis da mentira são demonstrados quando a recompensa ou a pun1çao envolvidas não são triv iais, então na verdade algo está em jogo para o mentiroso, e ele realmente se importa com o êxito ou o fracasso da mentira. Então, quem está tentando mentir também está emocionalmente empenhado na mentira, e é esse comprom isso com a mentira que suscit a muitos dos sinais que um leitor de mentes procura. Identificar os sinais é um ponto, mas o problema de saber o que eles significam continua.
Existem duas mensagens rivais em qualquer mentira: a verdade e a falsidade. A palavra "mentira" conc entra-se na falsidad e, mas ambas são de fato importantes. A habilidade de distingui-las tamb ém é importante. Como estamos sempre revelando mensagens diferent es em toda a nossa com unicação, não apenas com as nossas palavras, a mentira é, d e fato, uma tentativ a mais ou menos bem-sucedida de controlar essas mensagens. Do mesmo modo como examinamos as expressões faciais, a mentira é uma tenta tiva de esconder ou mascarar certa mensagem sob out ra. A capacidade de perceber se alguém está mentindo é uma questão de prestar atenção aos eleme ntos da nossa comunicaç ão que não temos muita habilidade para controlar . Quem diz: a verdade expressa a sua comunicação conscie nt em ente controlada do mesmo modo como manifesta as suas expressões inconscientes.Mas,se conseguirmos detectar alguma desa rmonia no que é expresso, entre o que as mãos e as palavras comunicam, por exemplo, poderemos suspeitar que há duas mensagens dife r entes envolvidas. Procuramos sinais contraditórios, indícios inconsci entes que falem outra coisa além da mensagem expressa conscientemen t e. O s sinais difíceis de controlar expressam os nossos verdadeiros pensamentos e sentimentos.
Robert Trivers, psicólogo evolutivo americano, tem uma solução para o problema dirigida a quem desej a ser capaz de mentir livremen te. O segredo é simplesmente convencer-se de que a sua mentira é verdade! Assim, todos os sinais, conscientes e inconscient es, expressarão genuinamente uma única mensagem. Você não será descoberto até a hora de comer aquele
último biscoito que escondeu e jurou nunca ter roubado - se você não acreditar mais que o roubou.
Os sinais inconscientes e contraditórios que um mentiroso demonstra se chamam vazame nto. Quando alguém mente ou tenta esconder os próprios sentimentos, haverá um vazamento em inúmeras áreas diferentes. Mas tome cuidado: algumas pessoas não exibem nenhum vazamento, apesar de mentirem. Então não interprete a ausência de vazamentos como garantia de que alguém esteja falando a verdade. Também há algumas pessoas que parecem estar exibindo algum vazamento, mas que de fato estão se comportando normalmente. Por isso é importante saber se os sinais que você detectar são mudanças no comportamento de alguém e não o comportamento normal dele. É interessante observar vários tipos diferentes de vazamento em alguém antes de decidir se ele está mentindo ou ocultando as emoções. Depois de ter observado vários sinais contraditórios em alguém, isso pode indicar que ele está mentindo, mas também que ele está de fato sentindo uma emoção diferente daquela que está tentando demonstrar. Em geral você não terá problema para decidir qual é a situação. O contexto em que os sinais forem observa dos esclarecerão.
Você também deve lembrar que, embora tenha observado vários desses sinais, não se sabe necessariamente o que os causou. Como veremos adiante, eles podem ser causados por coisas completamente diferentes do fato de que a pessoa está mentindo. Você pode ver vários vazamentos em alguém, mas eles podem ser motivados por algo que ele acabou de pensar e que nada tem a ver com a conversa de vocês. Ao desc obrir esses si nais em alguém, o seu próximo passo é considerar o contexto e quaisquer outros eventuais motivos possíveis para o
comportamento antes de afirmar com segurança que alg uém está mentindo.
Por quevocê está coçando o nariz?
Sinais contraditórios na linguagem corporal
O sinal mais óbvio entre todos esses sinais contrad itórios é dado pelo próprio sistema nervoso autônomo do corpo. Não temos a habilidade de controlá -lo, mesmo se descobrirmos que estamos dando sinais através dele. É muito difícil, até impossível, parar de suar ou ficar vermelho de repente, ou evitar que as pupilas dilatem ao sortear uma carta boa na mesa de pôquer. O problema é que o sistema nervoso autônomo apenas é ativado quando as emoções são muito fortes. Felizmente há muitos outros sinais e vazamentos que aparecem mesmo quando as emoções não são táo fort es assim. O rosto
Costuma-se dizer que o rosto transmite duas mensagens: o que desejamos projetar e o que de fato pensamos. Às vezes os dois são a mesma coisa, mas frequentemente não são. Quando tentamos controlar a mensagem que projetamos, fazemos de três maneiras:
Q ualificação
Comentamos a exp ressão facial que temos, acrescentando outra. Por exemplo, acrescentando um sorriso a uma expressão tr iste para mostrar a todos que superaremos a situação .
Modulação
Mudamos a intensidade da expressão para enfraquecê-la ou fortalecê-la. Fazemos isso controlando o número de músculos envol•tidos (como fazem os quando exibimos uma expressão facial parcial), a intensidade que aplicamos a esses músculos {como fazemos quando exibimos uma intensidade completa, porém baixa, que é uma expressão suave) e a duração usada para
exibir a expressão.
Falsificação
Podemo s ex ibir uma emoção quando na verdade não estamos sentindo nada (simulação). Podemos tentar não revelar nada quando de fato est amos sentindo algo (neutralização) ou podemos encobrir a e moção que estamos sent indo com outr a emoção que não estamos sentindo (mascaramento) .
Para ser capaz de fingir uma emoção de modo convinc ente, precisamos saber como expr essá -la, ou seja, que músculos usar e como usá-los. As crianças e os adolescentes praticam isso fazen do caretas diante do espelho, mas t endemos a parar quando crescemos . Por esse
motivo, às vezes temos uma ideia ruim da nossa aparência real ao expressar vár ias coisas. Em geral tampouco temos tempo para nos preparar e precisamos usar como base a maneira como nos sentimos por dentro, esperando chegar perto o bastante.
Neutralizar, não expor absolutamente nada,é muito difíc il, especialmente quando se trata de algo com o qual nos importemos e que nos provoque uma emoção forte que desejamos manter oculta . Isso nos enrijecerá tanto a ponto de ficar óbvio que estamos escondendo algo, mesmo se ninguém conseguir perceber o que é. Então preferimos o caminho mais fácil, ocultando-o, fingindo sentir algo diferente da nossa emoção genuína. Ao tenta rmos controlar as nossas expressões faciais tendemos a apenas usar a parte inferior do rosto, como você j á deve saber. Isso sig nifica que a área ao redor dos olhos, sobrance lhas e testa é livre para demonstrar as nossas verdadeiras emoções, o que fazemos inconscientemente. Mesmo quando nos esforçamos para sorr ir, o nariz pode se enrugar de nojo (Mat-Tina, lembra?).Você acabou de ler o capítulo sobre emoções e aprendeu o que sig nificam os sinais dos nossos olhos, sobra ncelhas e testa, não importa o que tentemos expre ssar com a boca, então não repetirei essa parte. A máscara que mais usamos para oc ultar as nossas emoções é o sorriso.Darwin,que escreve u muitas coisas interessantes ainda válid as sobre os músculos faciais e a linguagem corpor al, sugere uma teoria que jus tifica isso. Ele afi rmava que geralmente tentamos mascarar as emoções negativa s e que o uso dos músculos no sorriso é a expressão mais distante das expressões negativ as.
Na figura "alegria" mostrei como diferenciar um sorriso falso de um genuíno. Um sorriso genuíno é sempre simétrico, os dois cantos da boca sobem proporcionalmente (se a pessoa não tiver nenhuma lesão muscular facial) . Jamais é assimétrico. Um sorriso falso pode ser simétr ico ou assimétrico, podendo ocorrer unicamente em um lado do rosto. Se você observar um sorriso torto, significa que é uma tentat iva fracassada de parecer feliz (lembra de Gõran Persson?) ou parte de uma exp ressão diferente, como nojo ou desprezo (de novo Gõran Persson). Ele também usa tanto a parte exte rna quanto a interna da área ao redor dos olhos, o que é quase impossív el de fazer conscien tem ente.
O s atores que conseguem projetar um sorriso natural, inclusive com os olhos, geralmente o faze m lembrando-se de uma memória positiva, o que os deixa genuinamente fel izes. Expressões forjadas de alegria em geral também são det ectadas por uma duração inadequada .Elas surgem ráp ido demais. Uma expressão genuína de alegria pode levar algum tempo até terminar, enq uanto uma falsa tende a também se r exi bida por t empo demais.
Microexpressões também podem aparece r nessas situações. Pessoalmente ac ho que as microexpressões desempenham uma função importantíssima quando desconfiamos de alguém. Se sentirmos que alguém não gosta de nós, apesar de ser aparentemen t e educado, é prováv el que a nossa desconfiança tenha sido causada pela linguagem corpora l e outra comunicação inconsc iente que tenhamos captado. Mas também é possível que tenhamos notado uma microexpressão que nos revelou o que a pessoa realmente acha de nós. Pode ter sido rápido demais para ser notado consc ientemente, mas o nosso inconsciente tem muito tempo para registrar.
As micr oexpressões sempre são um vazamento confiável. Al gumas pessoas, porém, não as
demonstram, enquanto outras as faze m em algumas situações, mas não em outras etc . A ausência de micr oex pressões não garante que alguém esteja t entando suprimir uma emoção, se é disso que você suspeita. Nesse caso,você precisará procurar sinais e m outro lugar. Os olhos
Normalmente acredita-se ser possív el saber se alguém está mentindo pela observaçã o dos olhos. Achamos que olhos evasivos, piscar com freq uência e olhar ou não nos olhos são sinais de que alguém está mentindo. Não está necessariamente errado, mas, como todo mundo já ouviu isso, é muito comum que alguém que esteja mentindo na verdade olhe você nos olhos mais do que o normal! Como ouv imos desde crianças que um mentiroso não ousará fazer contato ocular, é provável que o mentiroso compense isso em demasia.
Podemos ter estados de ânimo em que os nossos olhos se desviam naturalmente. Olhamos para baixo quando estamos tristes, abaixamos a cabeça ou viramos o rosto ao sentir vergonha ou culpa e viramos a cara explicitamente quando reprovamos alguém. Um mentiroso não agirá assim com medo de se expor como mentiroso(!). Os melhores mentirosos evitam a detecção, sabend o exatamente quando desviar os olhos.
Outro fator que tem a ver com os olhos é o tamanho das pupilas. Como já mencionei, as pupilas dilatam quando sentimos emoções como ag rado ou interesse. Tente descobrir se o tamanho das pupilas cor responde às emoçõe s que a pessoa em questão afirma sentir. Alguém ativamente interessado em algo não deve ter pupilas diminutas, a menos que o sol esteja incidindo sobre os seus olhos.
Quando alguém que está mentindo ou sob pressão emocional pisca, os olhos em geral permanecem fec hados por mais temp o do que em alguém que estej a falando a verdade . Desmond Morris, zoólogo britânico que estudou o comportamento humano, observou esse fenômeno nos interrogatórios policiais e afirma que é uma t entativa inconsciente de se esconder do mundo.
O modo pelo qual movemos os olhos também pode indicar os pensamentos que passam pela nossa cabeça. Em geral usamos as nossas memórias ao pensar, mas também somos capazes de const ruir com a nossa imaginação eventos novos que nunca vivenciamos . E o que acontece ao sermos criativos, planejarmos o futuro, inventar histórias etc. Você se lembra do modelo EAC
para os movimentos dos olhos e as impressões sensoriais? Confira na página 85 se tive r esquecido. Ele diz que os nossos olhos exec utarão mov imentos diferentes, dependendo do fato de estarmos construindo um pensamento ou lembrando algo. Constantemente const ruímos pensamentos e, às vezes, a construção signitica que estamos mentindo. Se uma pessoa visual contar algo que afirma t er feito ou experimentado, mas os olhos dela de repente fore m para o alto e para a direita, em vez de irem para a esquerda, de acordo com o modelo, isso indicaria que ela está construindo um pensame nto. Vo cê precisará se perguntar se há algum motivo para essa pessoa usar a criatividade e a imaginação no contexto. Se ela disser:
"Tive que trabalhar até tarde e, como eu me atrasar ia para o j antar de qualquer maneira, comi uma pizza e tom ei uma cerveja com o Josh, mas depois v im direto para casa." Se você observar uma construção ocorrendo quando ela diz "Comi uma pizza e tomei uma cerveja com o Josh", é melhor ter cautela. Obviame nte existe algum problema nessa afirmativa. Talvez você est ej a sendo vítima de uma mentira deslavada.
Talvez por isso ex ista o clichê sobre mentirosos terem medo do contat o ocular. De acordo com o modelo EAC, os olhos se movem quando uma mentira é construída, o que dificulta a retenção do contato ocular pelo mentiroso, pois isso exigiria que ele olhasse diretamente para a frente. Por outro lado, contar a alguém uma memória que você tem enq uanto olha diret amente para a fr ente (e mantendo o contato ocular) em geral funciona, j á que essa posição oc ular permite visualizar memórias anteriores.
Mas atenção: isso apenas funcionará se você conseguir observar a pessoa no ato da
constr ução da mentira enq uanto ela estiver sendo falada. Se a pessoa tive r tido t empo para se
preparar para a mentira, quer d izer, construí-la antes, talvez você não veja nenhuma diferença no movimento dos olhos, j á que a ment ira tornou-se uma mem ória, ainda que o conteúdo seja imaginário. E, finalm ente, lembre-se de que esse modelo não funciona para tod os. Há várias exceções. Então, antes de mandar alguém ir dormir no sofá, tenha cert eza de que você realmente é capaz de diferenc iar entre lembrança e construção.
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