domingo, 10 de maio de 2020

buddhavargaḥ caturdaśaḥ

  1. buddhavargaḥ caturdaśaḥ
    
    yasya jitaṃ nāvajīyate jitamasya na yāti kaścilloke ।
    taṃ buddhamanantagocaraṃ apadaṃ kena padena nepyatha ? ॥ 1॥
    
    Por que caminho poderás detectar aquele Buddha de alcance infinito que não deixa rasto, cuja vitória jamais pode ser desfeita, a quem nenhuma impureza vencida jamais pode perseguir?
    yasya jālinī viṣātmikā tṛṣṇā nā'sti kutracinnetum । taṃ buddhamanantagocaraṃ apadaṃ kena padena nepyatha ? ॥ 2॥ Por que caminho poderás detectar aquele Buddha de alcance infinito que não deixa rasto, em quem jamais existe o desejo que perpetua o vir a ser? ye dhyānaprasṛtā dhīrāḥ naiṣkāmyopaśame ratāḥ । devā api teṣāṃ spṛhayanti saṃbuddhānāṃ smṛtimatām ॥ 3॥ Os sábios que se dedicam à meditação e que se de- liciam na calma da renúncia – tais seres conscientes, Buddhas Supremos, até os deuses os estimam. kṛcchro manuṣyapratilābhaḥ kṛcchraṃ marttyānāṃ jīvitam । kṛcchraṃ saddharmaśravaṇaṃ kṛcchro buddhānām utpādaḥ ॥ 4॥ Difícil é nascer humano, dura é a vida dos mortais. Difícil é ganhar a oportunidade de ouvir a Verdade Sublime, e difícil é de se encontrar o despontar dos Buddhas. sarvapāpasyākaraṇaṃ kuśalasyopasampadā । svacittaparyavadāpanaṃ etad buddhānāṃ śāsanam ॥ 5॥ Evitar todo o mal, cultivar o bem e purificar a mente - Este é o ensinamento dos Buddhas. kṣāntiḥ paramaṃ tapaḥ titikṣā nirvāṇaṃ paramaṃ vadanti buddhāḥ । nahi pravrajitaḥ paropaghātī śramaṇo bhavati paraṃ viheṭhayan ॥ 6॥ Permanecer paciente é a maior austeridade. “Nibbāna é supremo”, dizem os Buddhas. Não se é um verdadeiro monge quando se prejudica outra pessoa, nem um verdadeiro renuncian- te quando se oprime os outros. anupavādo'nupaghātaḥ prātimokṣe ca saṃvaraḥ । mātrājñatā ca bhakte prāntaṃ ca śayanāsanam । adhicitte cāyogaḥ etad buddhānāṃ śāsanam ॥ 7॥ na kārṣāpaṇavarṣeṇa tṛptiḥ kāmeṣu vidyate । alpāsvādā duḥkhāḥ kāmā iti vijñāya paṇḍitaḥ ॥ 8॥
    1. Não desprezar, não prejudicar, conter-se de acordo com o código da disciplina monástica, moderar-se na comida, viver
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    solitário, devotar-se à meditação - este é o ensinamento dos Buddhas.
    api divyeṣu kāmeṣu ratiṃ sa nā'dhigacchati । tṛṣṇākṣayarato bhavati samyaksaṃbuddhaśrāvakaḥ ॥ 9॥ 186-187. Não há desejos sensuais satisfatórios, mesmo que chovam moedas de ouro. Porque os prazeres sensuais dão pou- ca satisfação e muita dor. Tendo entendido isso, o homem sábio nem mesmo nos prazeres celestiais encontra deleite. O discípulo do Buddha Supremo deleita-se na destruição do desejo. bahu vai śaraṇaṃ yanti parvātāṃśca vanāni ca । ārāmavṛkṣacaityāni manuṣyā bhayatarjitāḥ ॥ 10॥ Exclusivamente levados pelo medo, os homens procuram refúgio em muitos lugares - montes, florestas, árvores sagra- das e santuários. naitat khalu śaraṇaṃ kṣemaṃ naitat śaraṇamuttamam । naitat śaraṇamāgamya sarvaduḥkhātpramucyate ॥ 11॥ Esse de facto não é o refúgio seguro; não é o refúgio supremo. Não é recorrendo a tal refúgio que se livra de todo o sofrimento. yaśca buddhaṃ ca dharmaṃ ca saṃghaṃ nca śaraṇaṃ gataḥ । catvāri āryasatyāni samyak prajñayā paśyati ॥ 12॥ duḥkhaṃ duḥkhasamutpādaṃ duḥkhasya cātikramam । āryāṣṭāṅgikaṃ mārgaṃ duḥkhopaśamagāminam ॥ 13॥ 190-191. Aquele que se refugiou no Buddha, no Ensina- mento e no Sangha(p), penetra com sabedoria transcendental as Quatro Nobres Verdades - o sofrimento, a causa do sofrimento, a cessação do sofrimento e o Nobre Caminho Óctuplo que conduz à cessação de sofrimento. etat khalu śaraṇaṃ kṣemaṃ etat śaraṇamuttamam । etat śaraṇamāgamya sarvaduḥkhāt pramucyate ॥ 14॥ Isto é na realidade o refúgio seguro, este é o supremo refúgio. Tendo ido para tal refúgio, é livre de todo o sofrimento. durlabhaḥ puruṣājāneyo na sa sarvatra jāyate । yatra sa jāyate dhīrastatkulaṃ sukhamedhate ॥ 15॥ Difícil de encontrar é o homem desperto (o Buddha), ele não nasce em qualquer lugar. No lugar onde nasce homem tão sábio, essa comunidade prospera feliz. sukho buddhānāṃ utpādaḥ sukhā saddharma-deśanā । sukhā saṃghasya sāmagrī samagrāṇāṃ tapaḥ sukham ॥ 16॥
    1. Bendito é o nascimento dos Buddhas; bendito é a enun- ciação da doutrina sagrada: bendita é a harmonia no Sangha, e
    bendita é a busca espiritual daquele que busca a verdade em har- monia.
    pūjārhān pūjayato buddhān yadi vā śrāvakān । prapañcasamitikrāntān tīrṇaśokaparidravān ॥ 17॥ tān tādṛśān pūjayato nirvṛtān akutobhayān । na śakyaṃ puṇyaṃ saṃkhyātuṃ evammātramapi kenacit ॥ 18॥ 195-196. Aquele que reverencia os dignos de reverência, os Buddhas e seus discípulos que transcenderam todos os obstácu- los e passaram além do alcance da tristeza e lamentação - aquele que reverencia tais seres pacíficos e destemidos, o seu mérito não é mensurável. iti buddhavargaḥ samāptaḥ

  2. Por que caminho poderás detectar aquele Buddha de alcance infinito que não deixa rasto, cuja vitória jamais pode ser desfeita, a quem nenhuma impureza vencida jamais pode perseguir?

  3. Por que caminho poderás detectar aquele Buddha de alcance infinito que não deixa rasto, em quem jamais existe o desejo que perpetua o vir a ser?

  4. Os sábios que se dedicam à meditação e que se de- liciam na calma da renúncia – tais seres conscientes, Buddhas Supremos, até os deuses os estimam.

  5. Difícil é nascer humano, dura é a vida dos mortais. Difícil é ganhar a oportunidade de ouvir a Verdade Sublime, e difícil é de se encontrar o despontar dos Buddhas.

  6. Evitar todo o mal, cultivar o bem e purificar a mente - Este é o ensinamento dos Buddhas.

  7. Permanecer paciente é a maior austeridade. “Nibbāna é supremo”, dizem os Buddhas. Não se é um verdadeiro monge quando se prejudica outra pessoa, nem um verdadeiro renuncian- te quando se oprime os outros.

  8. Não desprezar, não prejudicar, conter-se de acordo com o código da disciplina monástica, moderar-se na comida, viver

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solitário, devotar-se à meditação - este é o ensinamento dos Buddhas.

186-187. Não há desejos sensuais satisfatórios, mesmo que chovam moedas de ouro. Porque os prazeres sensuais dão pou- ca satisfação e muita dor. Tendo entendido isso, o homem sábio nem mesmo nos prazeres celestiais encontra deleite. O discípulo do Buddha Supremo deleita-se na destruição do desejo.

  1. Exclusivamente levados pelo medo, os homens procuram refúgio em muitos lugares - montes, florestas, árvores sagra- das e santuários.

  2. Esse de facto não é o refúgio seguro; não é o refúgio supremo. Não é recorrendo a tal refúgio que se livra de todo o sofrimento.

190-191. Aquele que se refugiou no Buddha, no Ensina- mento e no Sangha(p), penetra com sabedoria transcendental as Quatro Nobres Verdades - o sofrimento, a causa do sofrimento, a cessação do sofrimento e o Nobre Caminho Óctuplo que conduz à cessação de sofrimento.

  1. Isto é na realidade o refúgio seguro, este é o supremo refúgio. Tendo ido para tal refúgio, é livre de todo o sofrimento.

  2. Difícil de encontrar é o homem desperto (o Buddha), ele não nasce em qualquer lugar. No lugar onde nasce homem tão sábio, essa comunidade prospera feliz.

  3. Bendito é o nascimento dos Buddhas; bendito é a enun- ciação da doutrina sagrada: bendita é a harmonia no Sangha, e

bendita é a busca espiritual daquele que busca a verdade em har- monia.

195-196. Aquele que reverencia os dignos de reverência, os Buddhas e seus discípulos que transcenderam todos os obstácu- los e passaram além do alcance da tristeza e lamentação - aquele que reverencia tais seres pacíficos e destemidos, o seu mérito não é mensurável.

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