10. daṇḍavargaḥ daśamaḥ
sarve trasyanti daṇḍāt sarve bibhyati mṛtyoḥ ।
ātmānaṃ upamāṃ kṛtvā na hanyāt na ghātayet ॥ 1॥
Todos tremem diante da violência; todos temem a mor- te. Colocando-se no lugar do outro, não se deve matar, nem levar alguém a matar.
sarve trasayanti daṇḍāt sarveṣāṃ jivitaṃ priyam ।
ātmānaṃ upamāṃ kṛtvā na hanyāt na ghātayet ॥ 2॥
Todos tremem diante da violência, a vida é querida a todos. Colocando-se no lugar do outro, não se deve matar, nem levar alguém a matar.
sukhakāmāni bhūtāni yo daṇḍena vihinasti ।
ātmanaḥ sukhamanviṣya prettya sa na labhate sukham ॥ 3॥
Aquele que, ao buscar a felicidade, oprime com violên- cia outros seres que também desejam a felicidade, não alcançará felicidade daí em diante.
sukhakāmāni bhūtāni yo daṇḍena na hinasati ।
ātmanaḥ sukhamanviṣya prettya sa labhate sukham ॥ 4॥
Aquele que, ao buscar a felicidade, não oprime com violência outros seres que também desejam a felicidade, encon- trará felicidade daí em diante.
mā vocaḥ paruṣaṃ kiñcid uktāḥ prativadeyustvām ।
duḥkhā hi saṃraṃbhakathā pratidaṇḍāḥ spṛśeyustvām ॥ 5॥
Que não se fale asperamente a ninguém, pois aqueles a quem se fala podem retaliar. Em verdade, o discurso irado dói, e a retaliação pode avassalar.
sa cet nerayasi ātmānaṃ kāṃsyamupahataṃ yathā ।
eṣa prāpto'si nirvāṇaṃ saṃraṃbhaste na vidyate ॥ 6॥
Se, como um gongo quebrado, a pessoa silenciar, apro- xima-se do Nibbāna, porque nela já não mora a vingança.
yathā daṇḍena gopālo gāḥ prājayati gocaram ।
evaṃ jarā ca mṛtyuścāyuḥ prājayataḥ prāṇinām ॥ 7॥
Assim como um pastor conduz o gado ao pasto com um cajado, também a velhice e a morte conduzem a força da vida dos seres (de existência em existência).
atha pāpāni karmāṇi kurvan bālo na budhyate ।
svaiḥ karmabhiḥ durmedhā agnidagdha iva tapyate ॥ 8॥
Quando o tolo comete maldades, ele não percebe a sua (má) natureza. O homem insensato é atormentado por seus próprios actos, como queimado pelo fogo.
yo daṇḍenā'daṇḍeṣu apraduṣṭeṣu duṣyati ।
daśānāmanyatamaṃ sthānaṃ kṣiprameva nigacchati ॥ 9॥
Aquele que inflige violência sobre os desarmados, e ofende os inofensivos, logo chegará a um destes dez estados:
vedanāṃ paruṣāṃ jyāniṃ śarīrasya ca bhedanam ।
gurukaṃ vā'pyābādhaṃ cittakṣepaṃ vā prāpnuyāt ॥ 10॥
rājato vopasargaṃ abhyākhyānaṃ vā dāruṇam ।
parikṣayaṃ vā jñātīnāṃ bhogānāṃ vā prabhañjanam ॥ 11॥
athavā'syāgārāṇi agnirdahati pāvakaḥ ।
kāyasya bhedāt duṣprajño nirayaṃ sa upapadyate ॥ 12॥
10-12Dor aguda, ou desastre, lesão corporal, doença grave, ou perturbação mental, problemas que advêm do governo, ou graves acusações, perda de parentes, ou perda de riqueza, ou casas destruídas assoladas pelo fogo; após a dissolução do corpo esse homem ignorante nasce no inferno.
na nagnacaryā na jaṭā na paṅkāṃ nā'naśanaṃ sthaṇḍilaśāyikā vā ।
rajojalīyaṃ utkuṭikāpradhānaṃ śodhayanti marttyaṃ avitīrṇakāṃkṣam ॥ 13॥
Nem caminhando nu, nem cabelos emaranhados, nem lama, nem jejum, nem deitando-se no chão, nem cobrindo-se de cinzas e poeira, nem sentado sobre os calcanhares (em penitên- cia) pode purificar um mortal que não tenha superado a dúvida.
alaṅkṛtaścedapi śamaṃ caret śānto dānto niyato brahmacārī ।
sarveṣu bhūteṣu nidhāya daṇḍaṃ sa brāhmaṇaḥ sa śramaṇaḥ sa bhikṣuḥ ॥ 14॥
Mesmo que se apresente ricamente vestido, se for cal- mo, controlado e estabelecido na vida santa, tendo posto de lado a violência contra todos os seres – esse, verdadeiramente, é um homem santo, um renunciante, um monge.
hrīniṣedhaḥ puruṣaḥ kaścit loke vidyate ।
yo nindāṃ na prabudhyati aśvo bhadraḥ kaśāmiva ॥ 15॥
Raro é o um homem neste mundo que, comedido por modéstia, evita qualquer censura, como um cavalo puro-sangue evita o chicote.
aśvo yathā bhadraḥ kaśāniviṣṭa ātāpinaḥ saṃvegino bhavata ।
śraddhayā śīlena ca vīryeṇa ca samādhinā dharmaviniścayena ca ।
sampannavidyācaraṇāḥ pratismṛtāḥ prahāsyatha duḥkhamidaṃ analpakam ॥ 16॥
Tal como um cavalo puro-sangue tocado pelo chicote, sê diligente, cheio de vontade espiritual. Pela fé e pureza moral, pelo esforço e pela meditação, pela investigação da verdade, por ser rico em conhecimento e virtude, e por ser consciente, destrói este sofrimento ilimitado.
udakaṃ hi nayanti netṛkāḥ iṣukārā namayanti tejanam ।
dāruṃ namayanti takṣakā ātmānaṃ damayanti suvratāḥ ॥ 17॥
Os construtores de canais regulam as águas, os arqueiros endireitam os eixos das flechas, os carpinteiros dão forma à madeira, e os bons dominam-se a si próprios.
॥ iti daṇḍavargaḥ samāptaḥ ॥
Todos tremem diante da violência; todos temem a mor- te. Colocando-se no lugar do outro, não se deve matar, nem levar alguém a matar.
Todos tremem diante da violência, a vida é querida a todos. Colocando-se no lugar do outro, não se deve matar, nem levar alguém a matar.
Aquele que, ao buscar a felicidade, oprime com violên- cia outros seres que também desejam a felicidade, não alcançará felicidade daí em diante.
Aquele que, ao buscar a felicidade, não oprime com violência outros seres que também desejam a felicidade, encon- trará felicidade daí em diante.
Que não se fale asperamente a ninguém, pois aqueles a quem se fala podem retaliar. Em verdade, o discurso irado dói, e a retaliação pode avassalar.
Se, como um gongo quebrado, a pessoa silenciar, apro- xima-se do Nibbāna, porque nela já não mora a vingança.
Assim como um pastor conduz o gado ao pasto com um cajado, também a velhice e a morte conduzem a força da vida dos seres (de existência em existência).
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Quando o tolo comete maldades, ele não percebe a sua (má) natureza. O homem insensato é atormentado por seus próprios actos, como queimado pelo fogo.
Aquele que inflige violência sobre os desarmados, e ofende os inofensivos, logo chegará a um destes dez estados:
138-140. Dor aguda, ou desastre, lesão corporal, doença grave, ou perturbação mental, problemas que advêm do governo, ou graves acusações, perda de parentes, ou perda de riqueza, ou casas destruídas assoladas pelo fogo; após a dissolução do corpo esse homem ignorante nasce no inferno.
Nem caminhando nu, nem cabelos emaranhados, nem lama, nem jejum, nem deitando-se no chão, nem cobrindo-se de cinzas e poeira, nem sentado sobre os calcanhares (em penitên- cia) pode purificar um mortal que não tenha superado a dúvida.
Mesmo que se apresente ricamente vestido, se for cal- mo, controlado e estabelecido na vida santa, tendo posto de lado a violência contra todos os seres – esse, verdadeiramente, é um homem santo, um renunciante, um monge.
Raro é o um homem neste mundo que, comedido por modéstia, evita qualquer censura, como um cavalo puro-sangue evita o chicote.
Tal como um cavalo puro-sangue tocado pelo chicote, sê diligente, cheio de vontade espiritual. Pela fé e pureza moral, pelo esforço e pela meditação, pela investigação da verdade, por ser rico em conhecimento e virtude, e por ser consciente, destrói este sofrimento ilimitado.
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Os construtores de canais regulam as águas, os arquei- ros endireitam os eixos das flechas, os carpinteiros dão forma à madeira, e os bons dominam-se a si próprios.
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