malavargoṣṭādaśaḥ pāṇḍupalāsamivedānīmasi yamapuruṣo'pi catvāṃ upasthitāḥ । udyogamukhe ca tiṣṭhasi pātheyamapi ca te na vidyate ॥ 1॥ Agora, és como uma folha murcha; os mensageiros da morte aguardam-te. Está na véspera da tua partida, no entanto não arranjaste provisões para a viagem! sa kuru dvīpamātmanaḥ kṣipraṃ vyāyacchasva paṇḍito bhava । nirdhūtamalo'naṅgaṇo divyāṃ āryabhūmiṃ eṣyasi॥ 2॥ Ergue uma ilha para ti próprio! Esforça-te bastante e torna-te sábio! Livre de impurezas sem manchas, entrarás na morada celestial dos Justos. upanītavayā idanīmasi samprayāto'si yamasyāntike । vāso'pi ca te nā'sti antarā pātheyamapi ca te na vidyate ॥ 3॥
A tua vida chegou agora ao fim; estás avançando para a presença de Yama, o rei da morte. No caminho não há nenhum lugar para descansares, no entanto não arranjaste provisões para a tua viagem!sa kuru dvīpamātmanaḥ kṣipraṃ vyāyacchasva paṇḍito bhava । nirdhūtamalo'naṅgaṇo na punarjātijare upeṣyasi ॥ 4॥ Ergue uma ilha para ti! Esforça-te bastante e torna-te sábio! Livre de impurezas e sem manchas, não voltarás ao nasci- mento e à decadência. anupūrveṇa medhāvī stokaṃ stokaṃ kṣaṇe kṣaṇe । karmāro rajatasyeva nirdhamet malamātmanaḥ ॥ 5॥ Uma por uma, pouco a pouco, a cada momento deveria um homem sábio remover as suas próprias impurezas, tal como um ferreiro remove as impurezas da prata. ayasa iva malaṃ samutthitaṃ tasmād utthāya tadeva khādati । evaṃ atidhāvanacāriṇaṃ svāni karmāṇi nayanti durgatim ॥ 6॥ Assim como a ferrugem corrói a base de onde surge, também, os actos dos transgressores os conduzem a estados de aflição. asvādhyāyamalā mantrā anutthānamalā gṛhā । malaṃ varṇasya kausīdyaṃ pramādo rakṣato malam ॥ 7॥ Não orar é a ruína para as escrituras; negligência é a ruína para uma casa; desleixo é a ruína para a aparência pessoal, e desatenção é a ruína para um guarda. malaṃ striyā duścaritaṃ mātsaryaṃ dadato malam । malaṃ vai pāpakā dharmā asmin loke paratra ca ॥ 8॥ Lascívia é a mácula numa mulher; avareza é a mácula de quem doa. As impurezas, na verdade, são todas coisas más, tanto neste mundo como no próximo. tato malaṃ malataraṃ avidyā paramaṃ malam । etat malaṃ prahāya nirmalā bhavata bhikṣavaḥ ॥ 9॥ A pior mancha de todas estas é a ignorância, a pior de todas as impurezas. Destruí esta mancha e tornai-vos imacula- dos, ó monges! sujīvitaṃ ahrīkeṇa kākaśūreṇa dhvaṃsinā । praskandinā pragalbhena saṃkliṣṭena jīvitam ॥ 10॥ Fácil é a vida para o desavergonhado que é imprudente como um corvo, que calunia e é descarado, arrogante e corrupto. hrīmatā ca durjīvitaṃ nityaṃ śūcigaveṣiṇā । alīnenā'pragalbhena śuddhājīvena paśyatā ॥ 11॥ Difícil é a vida para o modesto que sempre procura a pu- reza, que é desapegado e despretensioso, puro na vida e com discernimento. yaḥ prāṇamatipātayati mṛṣāvādaṃ ca bhāṣate । loke'dattamādatte paradārāṃśca gacchati ॥ 12॥ surāmaireyapānaṃ ca yo naro'nuyunakti । ihaivameṣa loke mūlaṃ khanatyātmanaḥ ॥13॥246-247. Aquele que destrói a vida, profere mentiras, toma o que não é seu, vai ter com a esposa de outro, e é viciado em bebidas alcoólicas - tal homem desenterra a sua própria raiz mesmo neste mundo.evaṃ bho puruṣa ! jānīhi pāpadharmāṇo'saṃyatān । mā tvāṃ lobho'dharmaśca ciraṃ duḥkhāya randheran ॥ 14॥ Sabe, ó homem bom: as coisas más são difíceis de con- trolar. Não deixes que a ganância e a maldade te arrastem para uma miséria prolongada. dadāti vai yathāśraddhaṃ yathā prasādanaṃ janaḥ । tatra yo mūko bhavati pareṣāṃ pānabhojane । na sa divā vā rātrau vā samādhiṃ adhigacchati ॥ 15॥s pessoas dão de acordo com sua fé ou respeito. Se uma pessoa fica descontente com a comida e bebida dada por outros, não alcançará a absorção meditativa, seja de dia seja de noite.yasya ca tat samucchinnaṃ mūlaghātaṃ samuddhatam । sa vai divā vā rātrau vā samādhiṃ adhigacchati ॥ 16॥ Mas aquele em que este (descontentamento) é totalmente destruído, desenraizado e extinto, alcança a absorção, tan- to de dia como de noite. nā'sti rāgasamo'gniḥ nā'sti dveṣasamo grāhaḥ । nā'sti mohasamaṃ jālaṃ nā'sti tṛṣṇā samā nadī ॥ 17॥ Não há fogo como a luxúria; não há aperto como o ódio; não há rede como a ilusão; não há rio como o anseio. sudarśaṃ vadyamanyeṣāṃ ātmanaḥ punardurdaśam । pareṣāṃ hi sa vadyāni avapuṇāti yathātuṣam । ātmanaḥ punaḥ chādayati kalimiva kitavāt śaṭhaḥ ॥ 18॥ Fácil de ver é o defeito nos outros, mas um defeito próprio é difícil detectar. Assim como a palha ao vento uma pessoa apregoa os defeitos dos outros, mas esconde os seus, tal astuto caçador que se esconde por detrás de ramos disfarçados. paravadyā'nudarśino nityaṃ uddhyānasaṃjñinaḥ । āsravāstasya varddhante ārād sa āsravakṣayāt ॥ 19॥ Aquele que procura os defeitos dos outros, que censura constantemente – faz crescer as suas impurezas. Ele está longe da destruição das impurezas. ākāśe ca padaṃ nā'sti śramaṇo nā'sti bahiḥ । prapañcā'bhiratāḥ prajā niṣprapañcāstathāgatāḥ ॥ 20॥ Não há nenhum traço no céu, e nenhum renunciante(s) fora (do ensinamento do Buddha). A humanidade deleita-se na mundanidade, mas os Buddhas estão livres. ākāśe ca padaṃ nā'sti śramaṇo nā'sti bahiḥ । saṃskārāḥ śāśvatā na santi nā'sti buddhānāmiṅgitam ॥ 21॥ Não há nenhum traço no céu, e nenhum renunciante fora (do ensinamento do Buddha). Não há coisas condicionadas que sejam eternas, e não há instabilidade nos Buddhas. ॥ iti malavargaḥ samāptaḥ ॥- Agora, és como uma folha murcha; os mensageiros da morte aguardam-te. Está na véspera da tua partida, no entanto não arranjaste provisões para a viagem!
 - Ergue uma ilha para ti próprio! Esforça-te bastante e torna-te sábio! Livre de impurezas sem manchas, entrarás na morada celestial dos Justos.
 - A tua vida chegou agora ao fim; estás avançando para a presença de Yama, o rei da morte. No caminho não há nenhum lugar para descansares, no entanto não arranjaste provisões para a tua viagem!
 - Ergue uma ilha para ti! Esforça-te bastante e torna-te sábio! Livre de impurezas e sem manchas, não voltarás ao nasci- mento e à decadência.
 - Uma por uma, pouco a pouco, a cada momento deveria um homem sábio remover as suas próprias impurezas, tal como um ferreiro remove as impurezas da prata.
 - Assim como a ferrugem corrói a base de onde surge, também, os actos dos transgressores os conduzem a estados de aflição.89
 - Não orar é a ruína para as escrituras; negligência é a ruína para uma casa; desleixo é a ruína para a aparência pessoal, e desatenção é a ruína para um guarda.
 - Lascívia é a mácula numa mulher; avareza é a mácula de quem doa. As impurezas, na verdade, são todas coisas más, tanto neste mundo como no próximo.
 - A pior mancha de todas estas é a ignorância, a pior de todas as impurezas. Destruí esta mancha e tornai-vos imacula- dos, ó monges!
 - Fácil é a vida para o desavergonhado que é imprudente como um corvo, que calunia e é descarado, arrogante e corrupto.
 - Difícil é a vida para o modesto que sempre procura a pu- reza, que é desapegado e despretensioso, puro na vida e com discernimento.246-247. Aquele que destrói a vida, profere mentiras, toma o que não é seu, vai ter com a esposa de outro, e é viciado em be- bidas alcoólicas - tal homem desenterra a sua própria raiz mesmo neste mundo.
- Sabe, ó homem bom: as coisas más são difíceis de con- trolar. Não deixes que a ganância e a maldade te arrastem para uma miséria prolongada.
 - As pessoas dão de acordo com sua fé ou respeito. Se uma pessoa fica descontente com a comida e bebida dada por outros, não alcançará a absorção meditativa, seja de dia seja de noite.90
 - Mas aquele em que este (descontentamento) é total- mente destruído, desenraizado e extinto, alcança a absorção, tan- to de dia como de noite.
 - Não há fogo como a luxúria; não há aperto como o ódio; não há rede como a ilusão; não há rio como o anseio.
 - Fácil de ver é o defeito nos outros, mas um defeito próprio é difícil detectar. Assim como a palha ao vento uma pessoa apregoa os defeitos dos outros, mas esconde os seus, tal astuto caçador que se esconde por detrás de ramos disfarçados.
 - Aquele que procura os defeitos dos outros, que censura constantemente – faz crescer as suas impurezas. Ele está longe da destruição das impurezas.
 - Não há nenhum traço no céu, e nenhum renunciante(s) fora (do ensinamento do Buddha). A humanidade deleita-se na mundanidade, mas os Buddhas estão livres.
 - Não há nenhum traço no céu, e nenhum renunciante fora (do ensinamento do Buddha). Não há coisas condicionadas que sejam eternas, e não há instabilidade nos Buddhas.
 
 
Blog sobre pesquisas, livros, artigos traduzidos do inglês por mim, que integram os conhecimentos da pesquisa com epigenética, autofagia, inflamação, obesidade, a medicina oriental indiana, yoga e também a corrida.
segunda-feira, 11 de maio de 2020
malavargoṣṭādaśaḥ Malavagga: A Impureza
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