dharmaṣṭhavargaḥ ekonaviṃśaḥ na tena bhavati dharmastho yenārthaṃ sahasā nayet । yaścā'rthaṃ anarthaṃ ca ubhau niścinuyāt paṇḍitaḥ ॥ 1॥ Não é por fazer juízos arbitrários que um homem se torna justo; um homem sábio é aquele que investiga tanto o certo como o errado. asāhasena dharmeṇa samena nayate parān । dharmeṇa gupto medhāvī dharmastha ityucyate ॥ 2॥ Aquele que não julgar os outros de forma arbitrária, mas que faça juízo imparcial de acordo com a verdade, esse ho- mem sagaz é um guardião da lei e é chamado de justo. na tāvatā paṇḍito bhavati yāvatā bahu bhāṣate । kṣemī avairī abhayaḥ paṇḍita ityucyate ॥ 3॥ Ninguém é sábio por falar muito. Aquele que é pacífico, amigável e sem medo é chamado de sábio. na tāvatā dharmadharo yāvatā bahu bhāṣate । yaścālpama'pi śrutvā dharmaṃ kāyena paśyati । sa vai dharmadharo bhavati yo dharmaṃ na pramādyati ॥ 4॥ Um homem não é versado no Dhamma por falar mui- to. Aquele que, depois de ouvir um pouco de Dhamma, realiza directamente a sua verdade sem se esquecer desta, é na verdade versado no Dhamma. na tena sthaviro bhavati yenā'sya palitaṃ śiraḥ । paripakvaṃ vayastasya moghajīrṇa ityucyate ॥ 5॥ Um monge não é Sénior pelos seus cabelos grisalhos. Esse só é maduro na idade, e então envelheceu em vão. yasmin satyaṃ ca dharmaścāhiṃsā saṃyamo damaḥ । sa vai vāntamalo dhīraḥ sthavira itucyate ॥ 6॥
Aquele no qual existe veracidade, virtude, contenção e auto-domínio, que é inofensivo, livre de impurezas e sábio - esse é realmente chamado Sénior.na vāk karaṇamātreṇa varṇapuṣkalatayā vā । sādhurūpo naro bhavati īrṣuko matsarī śaṭhaḥ ॥ 7॥ Não é por mera eloquência nem por beleza de forma que um homem se realiza, se ele for ciumento, egoísta e traiçoeiro. yasya caitat samucchinnaṃ mūlaghātaṃ samuddhatam । sa vāntadoṣo medhāvī sādhurūpa ityucyate ॥ 8॥Mas aquele no qual estes defeitos são totalmente des- truídos, desenraizados e extintos, e que deitou fora o ódio – esse sábio é verdadeiramente realizado.na muṇḍakena śramaṇo'vrato'līkaṃ bhaṇan । icchālābhasamāpannaḥ śramaṇaḥ kiṃ bhaviṣyati ॥ 9॥ Não é pela cabeça rapada que um homem indiscipli- nado e mentiroso se faz um monge. Como pode aquele que está cheio de desejo e ganância ser um monge? yaśca śamayati pāpāni aṇūni sthūlāni sarvaśaḥ । śamitatvāddhi pāpānāṃ śramaṇa itucyate ॥ 10॥ Aquele que subjuga totalmente os males tanto peque- nos como grandes é chamado de monge, porque ele superou to- dos os males. na tāvatā bhikṣurbhavati yāvatā bhikṣate parān । viśvaṃ dharmaṃ samādāya bhikṣurbhavati na tāvatā ॥ 11॥ Ele não é um monge só porque vive de esmola. Não é por adoptar exteriormente um hábito que alguém se torna um verdadeiro monge. ya iha puṇyaṃ ca pāpaṃ ca vāhayitvā brahmacaryavān । saṃkhyāya loke carati sa vai bhikṣurityucyate ॥ 12॥ Quem quer que aqui (no Ensinamento) viva uma vida santa, transcendendo tanto mérito como demérito, caminhando com compreensão neste mundo – esse é verdadeiramente cha- mado de monge. na maunena munirbhavati mūḍharūpo'vidvān । yaśca tulāmiva pragṛhya varamādāya paṇḍitaḥ ॥ 13॥ Não é por observar o silêncio que alguém se torna sá- bio, se for tolo e ignorante. Contudo, o sábio é quem, com uma balança na sua mão aceita somente o bem. pāpāni parivarjayati sa munistena sa muniḥ । yo manuta ubhau lokau munistena procyate ॥ 14॥ O sábio ao rejeitar o mal, é verdadeiramente um sábio. Uma vez que compreende ambos os mundos (presente e futuro), é chamado de sábio. na tenā''ryo bhavati yena prāṇān hinasti । ahiṃsayā sarvaprāṇānāṃ ārya iti procyate ॥ 15॥ Aquele que fere os seres vivos não é nobre. É chamado de nobre porque é inofensivo para os seres vivos. na śīlavratamātreṇa bāhuśruttyena vā punaḥ । athavā samādhilābhena vivicya śayanena vā ॥ 16॥ spṛśāmi naiṣkarmyasukhaṃ apṛthagjanasevitam । bhikṣo viśvāsaṃ mā pādīḥ aprāpta āsravakṣayam ॥ 17॥ 271-272. Não é pelas regras e rituais, nem mesmo por muito aprender, nem por se alcançar estados de absorção, nem por uma vida de reclusão, nem por pensar “Eu desfruto da felicidade da renúncia que não é vivida pelos mundanos” que vocês, monges, ficarão contentes, mas só quando a destruição total das impure- zas (Arahant) for atingida. ॥ iti dharmasthavargaḥ samāptaḥ ॥- Não é por fazer juízos arbitrários que um homem se torna justo; um homem sábio é aquele que investiga tanto o certo como o errado.
- Aquele que não julgar os outros de forma arbitrária, mas que faça juízo imparcial de acordo com a verdade, esse ho- mem sagaz é um guardião da lei e é chamado de justo.
- Ninguém é sábio por falar muito. Aquele que é pacífi- co, amigável e sem medo é chamado de sábio.
- Um homem não é versado no Dhamma por falar mui- to. Aquele que, depois de ouvir um pouco de Dhamma, realiza directamente a sua verdade sem se esquecer desta, é na verdade versado no Dhamma.
- Um monge não é Sénior pelos seus cabelos grisalhos. Esse só é maduro na idade, e então envelheceu em vão.
- Aquele no qual existe veracidade, virtude, contenção e auto-domínio, que é inofensivo, livre de impurezas e sábio - esse é realmente chamado Sénior.
- Não é por mera eloquência nem por beleza de forma que um homem se realiza, se ele for ciumento, egoísta e traiçoeiro.95
- Mas aquele no qual estes defeitos são totalmente des- truídos, desenraizados e extintos, e que deitou fora o ódio – esse sábio é verdadeiramente realizado.
- Não é pela cabeça rapada que um homem indiscipli- nado e mentiroso se faz um monge. Como pode aquele que está cheio de desejo e ganância ser um monge?
- Aquele que subjuga totalmente os males tanto peque- nos como grandes é chamado de monge, porque ele superou to- dos os males.
- Ele não é um monge só porque vive de esmola. Não é por adoptar exteriormente um hábito que alguém se torna um verdadeiro monge.
- Quem quer que aqui (no Ensinamento) viva uma vida santa, transcendendo tanto mérito como demérito, caminhando com compreensão neste mundo – esse é verdadeiramente cha- mado de monge.
- Não é por observar o silêncio que alguém se torna sá- bio, se for tolo e ignorante. Contudo, o sábio é quem, com uma balança na sua mão aceita somente o bem.
- O sábio ao rejeitar o mal, é verdadeiramente um sábio. Uma vez que compreende ambos os mundos (presente e futuro), é chamado de sábio.
- Aquele que fere os seres vivos não é nobre. É chamado de nobre porque é inofensivo para os seres vivos.
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271-272. Não é pelas regras e rituais, nem mesmo por muito aprender, nem por se alcançar estados de absorção, nem por uma vida de reclusão, nem por pensar “Eu desfruto da felicidade da renúncia que não é vivida pelos mundanos” que vocês, monges, ficarão contentes, mas só quando a destruição total das impure- zas (Arahant) for atingida.
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