quinta-feira, 24 de maio de 2018

10 dicas da dieta da mente para turbinar seu cérebro

10 dicas da dieta da mente para turbinar a sua vida:
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Dicas para o alzheimer:


https://paleoyogacorrida.blogspot.com/2018/07/recode-capitulo-1-e-2-demencia-e.html

https://paleoyogacorrida.blogspot.com/2018/07/como-se-sente-ao-voltar-da-demencia.html

https://paleoyogacorrida.blogspot.com/2018/07/como-se-dar-o-mal-de-alzheimer-uma.html

https://paleoyogacorrida.blogspot.com/2018/07/base-cientifica-da-doenca-de-alzheimer.html

https://paleoyogacorrida.blogspot.com/2018/07/a-genetica-do-alzheimer-inflamacao.html

https://paleoyogacorrida.blogspot.com/2018/07/recode-invertendo-o-declinio-cognitivo.html

https://paleoyogacorrida.blogspot.com/2018/07/rotina-do-recode-como-e-recuperacao-do.html




Dica número um:






1- Seja Con­tra os grãos 


Man­ter a or­dem, em vez de cor­ri­gir a de­sor­dem, é o prin­cí­pio bá­si­co
da sa­be­do­ria. Cu­rar a do­en­ça de­pois que ela apa­re­ce é como ca­var um poço
quan­do se tem sede, ou for­jar ar­mas com a guer­ra ini­ci­a­da.
Nei Jing, sé­cu­lo II a.C.

retire os grãos:
E os be­ne­fí­ci­os não se li­mi­tam à saú­de ce­re­bral. Es­tou em con­di­ções de pro­me­ter que esse pro­gra­ma aju­da­rá em to­dos os pon­tos a se­guir:

• pro­ble­mas de me­mó­ria e li­gei­ra per­da cog­ni­ti­va, pre­cur­so­res fre­quen­tes do Alz­hei­mer

• pro­ble­mas de foco e con­cen­tra­ção

• trans­tor­no de aten­ção e hi­pe­ra­ti­vi­da­de

• de­pres­são

• an­si­e­da­de e es­tres­se crô­ni­co

• trans­tor­no de hu­mor

• epi­lep­sia

• in­sô­nia

• do­res de ca­be­ça crô­ni­cas e en­xa­que­ca

• do­en­ças in­fla­ma­tó­ri­as, in­clu­si­ve ar­tri­te

• sín­dro­me de Tou­ret­te

• pro­ble­mas in­tes­ti­nais, in­clu­si­ve do­en­ça ce­lí­a­ca, in­to­lerân­cia ao glú­ten e sín­dro­me do có­lon ir­ri­tá­vel

• di­a­be­tes

• so­bre­pe­so e obe­si­da­de

2- Faça exames:


Autoavaliação
Quais são os seus fa­to­res de ris­co?

1. Eu como pão (de qual­quer tipo)

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

2. Tomo suco de fru­tas (de qual­quer tipo)

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

3. Como mais de uma por­ção de fru­ta di­a­ri­a­men­te

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

4. Tro­co o açú­car pelo xa­ro­pe de ága­ve*

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

5. Fico ofe­gan­te to­dos os dias ao ca­mi­nhar

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

6. Meu co­les­te­rol é in­fe­ri­or a 150

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

7. Sou di­a­bé­ti­co

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

8. Es­tou aci­ma do peso

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

9. Como ar­roz, mas­sas, ce­re­ais (de qual­quer tipo)

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

10. Tomo lei­te

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

11. Não me exer­ci­to re­gu­lar­men­te

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

12. Te­nho his­tó­ri­co fa­mi­li­ar de pro­ble­mas neu­ro­ló­gi­cos

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

13. Não tomo su­ple­men­to de vi­ta­mi­na D

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

14. Evi­to co­mer gor­du­ras

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

15. Tomo es­ta­ti­nas

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

16. Evi­to ali­men­tos ri­cos em co­les­te­rol

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

17. Tomo re­fri­ge­ran­tes (diet ou nor­mais)

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

18. Não tomo vi­nho

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

19. Tomo cer­ve­ja

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

20. Como ce­re­ais

VER­DA­DEI­RO/FAL­SO

TES­TAN­DO, TES­TAN­DO, UM, DOIS, TRÊS

“Que ris­co eu cor­ro?” Mui­tas pes­so­as me fa­zem essa per­gun­ta to­dos os dias. A boa no­tí­cia é que hoje te­nho con­di­ções de es­ta­be­le­cer per­fis mé­di­cos in­di­vi­du­a­li­za­dos e de­ter­mi­nar o ris­co de cada pes­soa de­sen­vol­ver cer­tas do­en­ças — do Alz­hei­mer à obe­si­da­de (hoje um fa­tor de ris­co bem do­cu­men­ta­do para pro­ble­mas ce­re­brais) —, e acom­pa­nhá-los ao lon­go do tem­po para ava­li­ar a evo­lu­ção de cada um. Os tes­tes de la­bo­ra­tó­rio re­la­ci­o­na­dos abai­xo já es­tão dis­po­ní­veis. Em ca­pí­tu­los ul­te­ri­o­res, você sa­be­rá mais a res­pei­to des­ses tes­tes, bem como a res­pei­to de idei­as para me­lho­rar seus re­sul­ta­dos. Não he­si­te em le­var esta lis­ta con­si­go, em sua pró­xi­ma con­sul­ta, e pe­dir ao seu mé­di­co que so­li­ci­te os se­guin­tes exa­mes la­bo­ra­to­ri­ais:

• Gli­ce­mia de je­jum: fer­ra­men­ta co­mu­men­te usa­da no di­ag­nós­ti­co do di­a­be­tes e do pré-di­a­be­tes, é o exa­me que mede a taxa de açú­car (gli­co­se) em seu san­gue de­pois de oito ho­ras sem co­mer. Um ní­vel en­tre 70 e 100 mi­li­gra­mas por de­ci­li­tro (mg/dL) é con­si­de­ra­do nor­mal. Aci­ma dis­so, seu cor­po apre­sen­ta si­nais de re­sis­tên­cia à in­su­li­na e di­a­be­tes, e um ris­co mais ele­va­do de pro­ble­mas ce­re­brais.

• He­mo­glo­bi­na Gli­ca­da (A1C): ao con­trá­rio do exa­me de açú­car no san­gue, este tes­te re­ve­la uma taxa “mé­dia” de açú­car ao lon­go de um pe­rí­o­do de no­ven­ta dias, o que for­ne­ce uma in­di­ca­ção mui­to mais pre­ci­sa do con­tro­le ge­ral do açú­car no san­gue. Como in­di­ca o dano às pro­te­í­nas do cé­re­bro pro­vo­ca­do pelo açú­car, é um dos me­lho­res pre­di­to­res de atro­fia ce­re­bral.

• Fru­to­sa­mi­na: si­mi­lar ao exa­me de he­mo­glo­bi­na gli­ca­da, o exa­me de fru­to­sa­mi­na é usa­do para me­dir o ní­vel mé­dio de açú­car no san­gue, mas num pe­rí­o­do in­fe­ri­or.

• In­su­li­na de je­jum: mui­to an­tes de o ní­vel de açú­car no san­gue co­me­çar a se ele­var, à me­di­da que a pes­soa se tor­na di­a­bé­ti­ca, o ní­vel de in­su­li­na de je­jum co­me­ça a au­men­tar, in­di­can­do que o pân­cre­as está fa­zen­do hora ex­tra para li­dar com o ex­ces­so de car­boi­dra­tos na di­e­ta. É um aler­ta pre­co­ce mui­to efi­ci­en­te para se an­te­ci­par à cur­va do di­a­be­tes e tem enor­me re­levân­cia na pre­ven­ção de pro­ble­mas ce­re­brais.

• Ho­mo­cis­te­í­na: ní­veis ele­va­dos des­se ami­no­á­ci­do es­tão as­so­ci­a­dos a vá­ri­as con­di­ções, in­clu­in­do a ate­ros­cle­ro­se (es­trei­ta­men­to e en­du­re­ci­men­to das ar­té­ri­as), do­en­ças car­dí­a­cas, der­ra­mes e de­mên­cia; pode-se re­du­zi-la fa­cil­men­te, em ge­ral, com vi­ta­mi­nas B es­pe­cí­fi­cas.

• Vi­ta­mi­na D: hoje re­co­nhe­ci­da como um hor­mô­nio ce­re­bral cru­ci­al (não é uma vi­ta­mi­na).

• PCR (pro­te­í­na C-re­a­ti­va): é um mar­ca­dor de pro­ces­sos in­fla­ma­tó­ri­os.

• Cy­rex ma­triz 3: é o mar­ca­dor mais abran­gen­te dis­po­ní­vel para o ma­pe­a­men­to da sen­si­bi­li­da­de ao glú­ten.

• Cy­rex ma­triz 4 (fa­cul­ta­ti­vo): mede a sen­si­bi­li­da­de “cru­za­da” a 24 ali­men­tos em re­la­ção aos quais um in­di­ví­duo in­to­le­ran­te ao glú­ten tam­bém pode so­frer re­a­ções.

Dica número 3 corrija a inflamação no intestino:



A maior causa das doenças
do cé­re­bro
O que você não sabe so­bre as in­fla­ma­ções
A prin­ci­pal fun­ção do cé­re­bro é car­re­gar o cé­re­bro por toda par­te.
Tho­mas Alva Edi­son

O MAL DE ALZ­HEI­MER —
UM TER­CEI­RO TIPO DE DI­A­BE­TES?

Vol­te à sua vi­a­gem no tem­po com os ca­ça­do­res e co­le­to­res do Pa­le­o­lí­ti­co. Os cé­re­bros de­les não são mui­to di­fe­ren­tes do seu. Am­bos evo­lu­í­ram para pro­cu­rar ali­men­tos ri­cos em gor­du­ra e açú­car. Afi­nal de con­tas, tra­ta-se de um me­ca­nis­mo de so­bre­vi­vên­cia. O pro­ble­ma é que seu es­for­ço ca­ça­dor não dura mui­to; afi­nal, você vive na era da abundân­cia, e é mais pro­vá­vel que en­con­tre gor­du­ras e açú­ca­res pro­ces­sa­dos. Seus co­le­gas das ca­ver­nas, pro­va­vel­men­te, per­de­rão mui­to tem­po nes­sa pro­cu­ra, e o má­xi­mo que en­con­tra­rão se­rão gor­du­ras de ani­mais e açú­ca­res na­tu­rais de plan­tas e fru­tas, se es­ti­ve­rem na es­ta­ção cor­re­ta. Por­tan­to, em­bo­ra seu cé­re­bro fun­ci­o­ne de ma­nei­ra si­mi­lar, suas fon­tes de nu­tri­ção são tudo, me­nos si­mi­la­res. Ob­ser­ve, a pro­pó­si­to, os grá­fi­cos abai­xo, que apre­sen­tam as prin­ci­pais di­fe­ren­ças en­tre a nos­sa di­e­ta e a de nos­sos an­ces­trais:

UMA TRIS­TE RE­A­LI­DA­DE
Mais de 186 mil pes­so­as abai­xo dos vin­te anos têm di­a­be­tes (seja do tipo 1 ou 2) nos Es­ta­dos Uni­dos.5 Não mais que uma dé­ca­da atrás, o di­a­be­tes tipo 2 era co­nhe­ci­do como um di­a­be­tes da ida­de adul­ta, mas o ter­mo foi aban­do­na­do di­an­te do alto nú­me­ro de di­ag­nós­ti­cos en­tre jo­vens. E no­vos es­tu­dos mos­tram que a evo­lu­ção da do­en­ça ocor­re mais ra­pi­da­men­te nas cri­an­ças que nos adul­tos. Ela tam­bém é de tra­ta­men­to mais di­fí­cil quan­do cons­ta­ta­da pre­co­ce­men­te.

UM IN­CÊN­DIO SI­LEN­CI­O­SO NO CÉ­RE­BRO

Uma das per­gun­tas que mais ouço em meu con­sul­tó­rio, fei­ta pe­los pa­ren­tes de pa­ci­en­tes com Alz­hei­mer, é: “O que mi­nha mãe [ou meu pai, meu ir­mão, mi­nha irmã] fez de er­ra­do?”. Pro­cu­ro ter cui­da­do ao dar a res­pos­ta num mo­men­to tão de­li­ca­do na vida de uma fa­mí­lia. Ver meu pró­prio pai de­cair len­ta­men­te, um dia após o ou­tro, me faz lem­brar cons­tan­te­men­te o sen­ti­men­to con­fu­so por que pas­sam meus pa­ci­en­tes. A frus­tra­ção se mis­tu­ra com im­po­tên­cia, a an­gús­tia se con­fun­de com la­men­to. Mas se pu­des­se con­tar a um fa­mi­li­ar (e aí me in­cluo) a ver­da­de ab­so­lu­ta, con­si­de­ran­do tudo o que sa­be­mos hoje, eu di­ria que o ente que­ri­do pode ter fei­to algo er­ra­do:

• vi­veu com ní­veis ele­va­dos de açú­car no san­gue, mes­mo sem ser di­a­bé­ti­co

• co­meu car­boi­dra­tos em ex­ces­so ao lon­go da vida

• op­tou por uma di­e­ta po­bre em gor­du­ras, mi­ni­mi­zan­do o co­les­te­rol

• ti­nha sen­si­bi­li­da­de, não di­ag­nos­ti­ca­da, ao glú­ten, pro­te­í­na que en­con­tra­mos no tri­go, no cen­teio e na ce­va­da


4 Por que banir o glúten:


A proteína adesiva
O pa­pel do glú­ten nos pro­ces­sos in­fla­ma­tó­ri­os ce­re­brais
(o pro­ble­ma não é só a sua bar­ri­ga)
Diz-me o que co­mes, dir-te-ei quem és.
An­thel­me Bril­lat-Sa­va­rin (1755-1826)

"Des­de que cor­tei o glú­ten, mi­nha vida deu uma gui­na­da de 180 graus. A pri­mei­ra mu­dan­ça que me vem à men­te, e a mais im­por­tan­te, é o hu­mor. Quan­do eu in­ge­ria glú­ten, lu­ta­va con­tra a de­pres­são. Eu me de­pa­ra­va o tem­po todo com uma “nu­vem ne­gra so­bre mi­nha ca­be­ça”. Ago­ra que não como glú­ten, não me sin­to mais de­pri­mi­da. A úni­ca vez que comi um pou­co, por en­ga­no, me sen­ti mal no dia se­guin­te. Ou­tras mu­dan­ças que no­tei in­clu­em sen­tir mais ener­gia e con­se­guir me con­cen­trar por pe­rí­o­dos mais lon­gos. Meus pen­sa­men­tos es­tão mais agu­ça­dos do que nun­ca. Con­si­go to­mar de­cisões e che­gar a con­clusões ló­gi­cas e se­gu­ras como nun­ca an­tes. Tam­bém me li­vrei do com­por­ta­men­to ob­ses­si­vo-com­pul­si­vo."

SI­NAIS DE SEN­SI­BI­LI­DA­DE AO GLÚ­TEN
A me­lhor for­ma de sa­ber se você é sen­sí­vel ao glú­ten é fa­zer um exa­me. In­fe­liz­men­te, os exa­mes de san­gue tra­di­ci­o­nais e as bi­óp­si­as do in­tes­ti­no del­ga­do nem de lon­ge têm a pre­ci­são dos tes­tes mais re­cen­tes, que con­se­guem iden­ti­fi­car os an­ti­cor­pos es­pe­cí­fi­cos para o glú­ten. Abai­xo se­gue uma lis­ta de sin­to­mas e do­en­ças as­so­ci­a­dos à sen­si­bi­li­da­de ao glú­ten. Ain­da que não so­fra de ne­nhu­ma des­sas con­di­ções, acon­se­lho que você faça os exa­mes des­cri­tos nas pá­gi­nas 25-6:

abor­tos
al­co­o­lis­mo
an­si­e­da­de
ata­xia, per­da de equi­lí­brio
au­tis­mo
cân­cer
con­fu­são men­tal
con­vulsões/ epi­lep­sia
de­pres­são
de­se­jo in­con­tro­lá­vel por açú­car
dis­túr­bi­os di­ges­ti­vos (ga­ses, in­cha­ço, di­ar­reia, pri­são de ven­tre, cãi­bras etc.)
do­en­ças car­dí­a­cas
do­res no pei­to
do­res ós­se­as/ os­te­o­pe­nia/ os­te­o­po­ro­se
en­xa­que­cas
es­cle­ro­se la­te­ral ami­o­tró­fi­ca (als)
in­fer­ti­li­da­de
in­to­lerân­cia à lac­to­se
má ab­sor­ção de ali­men­tos
mal de Parkin­son
mal-es­tar cons­tan­te
náu­sea/ vô­mi­tos
pro­ble­mas de cres­ci­men­to
sín­dro­me do in­tes­ti­no ir­ri­tá­vel
TDAH
trans­tor­nos au­toi­mu­nes (di­a­be­tes, ti­reoi­de de Hashi­mo­to, ar­tri­te reu­ma­toi­de etc.)
trans­tor­nos neu­ro­ló­gi­co

A PO­LÍ­CIA DO GLÚ­TEN21
Os se­guin­tes grãos e ami­dos con­têm glú­ten:

bul­gur (tri­gui­lho)
cen­teio
ce­va­da
cre­me de se­men­te de tri­go
cus­cuz
es­pel­ta (ou tri­go ver­me­lho)
fa­ri­nha de gra­ham
gér­men de tri­go
ka­mut
mat­zá
se­mo­li­na
tri­go
tri­ti­ca­le
Os se­guin­tes ali­men­tos não con­têm glú­ten:

ama­ran­to
ara­ru­ta
ar­roz
ba­ta­ta
mi­lhe­te
mi­lho
qui­noa
soja
sor­go
ta­pi­o­ca
Teff
tri­go sar­ra­ce­no
Os se­guin­tes ali­men­tos cos­tu­mam con­ter glú­ten:

acho­co­la­ta­dos co­mer­ci­ais
al­môn­de­gas
aveia (ex­ce­to as que pos­su­em cer­ti­fi­ca­do “glu­ten-free”)
bar­ri­nhas ener­gé­ti­cas
ba­ta­ta fri­ta con­ge­la­da (cos­tu­ma ser co­ber­ta de fa­ri­nha)
be­bi­das quen­tes ins­tan­tâ­ne­as
ca­chor­ros‑quen­tes
ca­fés e chás com sa­bo­res
cal­dos co­mer­ci­ais
cas­ta­nhas tor­ra­das
ce­re­ais
cer­ve­ja
em­bu­ti­dos
em­pa­na­dos
quei­jos pro­ces­sa­dos
re­chei­os de fru­tas, pu­dins
sei­tan
shoyu e mo­lho te­riyaki
so­pas
sor­ve­tes
subs­ti­tu­tos do cre­me de lei­te
fa­ri­nha de aveia (ex­ce­to as que pos­su­em cer­ti­fi­ca­do “glu­ten-free”)
fei­jão en­la­ta­do
fri­os
gor­gon­zo­la
ham­búr­guer ve­ge­tal
hós­ti­as
kani, ba­con etc.
ket­chup
mai­o­ne­se

mal­te/ sa­bor de mal­te
ma­ri­na­dos
“mix nuts” (mis­tu­ra de fru­tas se­cas e cas­ta­nhas)
mo­lhos em ge­ral (para sa­la­da, para car­nes etc.)
subs­ti­tu­tos do ovo
ta­bu­le
ve­ge­tais fri­tos/ tem­pu­rá
vi­na­gre de mal­te
vod­ca
whe­at­grass (gra­ma de tri­go)
xa­ro­pes
Abai­xo, fon­tes va­ri­a­das de glú­ten:

ba­tons, pro­te­to­res la­bi­ais
cos­mé­ti­cos
mas­si­nha de mo­de­lar para cri­an­ças
se­los e en­ve­lo­pes de lam­ber
vi­ta­mi­nas e su­ple­men­tos (che­car o ró­tu­lo)
xam­pus
Os se­guin­tes in­gre­di­en­tes cos­tu­mam ser glú­ten com ou­tro nome:

Ave­na sa­ti­va
ami­do mo­di­fi­ca­do
ci­clo­dex­tri­na
com­ple­xo pep­tí­di­co
co­ran­te de ca­ra­me­lo (em ge­ral fei­to a par­tir da ce­va­da)
dex­tri­na
ex­tra­to de fi­to­es­fin­go­si­na
ex­tra­to de le­ve­du­ra
ex­tra­to de mal­te hi­dro­li­sa­do
ex­tra­tos fer­men­ta­dos de grãos
hi­dro­li­sa­do
Hor­deum dis­ti­chon
Hor­deum vul­ga­re
mal­to­dex­tri­na
pro­te­í­na de soja hi­dro­li­sa­da
pro­te­í­na ve­ge­tal hi­dro­li­sa­da
sa­bor na­tu­ral
Se­ca­le ce­re­a­le
to­co­fe­rol/ vi­ta­mi­na E
Tri­ti­cum aes­ti­vum
Tri­ti­cum vul­ga­re
xa­ro­pe de ar­roz in­te­gral

5 Coma gorduras:


Cuidado, “carboólicos” e
“gor­du­ro­fó­bi­cos”
A sur­preen­den­te ver­da­de so­bre os ami­gos
e ini­mi­gos do seu cé­re­bro
Ne­nhu­ma di­e­ta re­mo­ve­rá toda a gor­du­ra do seu cor­po por­que o cé­re­bro é
gor­du­ra pura. Sem um cé­re­bro, você po­de­rá ter uma boa apa­rên­cia, mas tudo o
que po­de­rá fa­zer é se can­di­da­tar a um car­go pú­bli­co.
Ge­or­ge Ber­nard Shaw

SÃO TAN­TOS ÔME­GAS: QUAIS SÃO SAU­DÁ­VEIS?
Hoje em dia ou­vi­mos fa­lar mui­to em gor­du­ras ôme­ga 3 e ôme­ga 6. No con­jun­to, as gor­du­ras ôme­ga 6 per­ten­cem à ca­te­go­ria das “gor­du­ras ru­ins”; em al­gum grau, elas fa­vo­re­cem in­fla­ma­ções, e há evi­dên­ci­as de que um con­su­mo ele­va­do des­sas gor­du­ras es­te­ja re­la­ci­o­na­do a trans­tor­nos ce­re­brais. In­fe­liz­men­te, a di­e­ta ame­ri­ca­na é ex­tre­ma­men­te rica em gor­du­ras ôme­ga 6, que são en­con­tra­das em di­ver­sos óle­os ve­ge­tais, como os óle­os de cár­ta­mo, de mi­lho, de ca­no­la, de gi­ras­sol e de soja. Este úl­ti­mo re­pre­sen­ta a fon­te nú­me­ro um de gor­du­ra na di­e­ta do ame­ri­ca­no. Se­gun­do es­tu­dos an­tro­po­ló­gi­cos, nos­sos an­te­pas­sa­dos ca­ça­do­res-co­le­to­res con­su­mi­am gor­du­ras ôme­ga 6 e ôme­ga 3 numa pro­por­ção de apro­xi­ma­da­men­te
1 : 1.5 Hoje, con­su­mi­mos dez a 25 ve­zes mais gor­du­ras ôme­ga 6 que o pa­drão evo­lu­ti­vo, e re­du­zi­mos dras­ti­ca­men­te nos­sa in­ges­tão de gor­du­ras ôme­ga 3, sau­dá­veis e es­ti­mu­lan­tes para o cé­re­bro (al­guns es­pe­ci­a­lis­tas acre­di­tam que nos­so con­su­mo de áci­dos gra­xos sau­dá­veis foi res­pon­sá­vel pela tri­pli­ca­ção do ta­ma­nho do cé­re­bro hu­ma­no). A ta­be­la que se­gue lis­ta a quan­ti­da­de de ôme­ga 6 e ôme­ga 3 de di­ver­sos óle­os ve­ge­tais e ali­men­tos:



Os fru­tos do mar são uma ex­ce­len­te fon­te de áci­dos gra­xos ôme­ga 3, e até mes­mo as car­nes de boi, cor­dei­ro, ve­a­do e bú­fa­lo con­têm essa fa­bu­lo­sa gor­du­ra. Mas há um po­rém a le­var em con­ta: ani­mais ali­men­ta­dos com grãos (ge­ral­men­te mi­lho e soja) não te­rão ôme­ga 3 su­fi­ci­en­te em suas di­e­tas, e sua car­ne será de­fi­ci­en­te nes­ses nu­tri­en­tes vi­tais. Daí o cla­mor em fa­vor do con­su­mo de ani­mais ali­men­ta­dos com gra­ma e con­tra a pis­ci­cul­tu­ra.

"Quan­do você pri­va o cé­re­bro de co­les­te­rol, está afe­tan­do di­re­ta­men­te a en­gre­na­gem que de­sen­ca­deia a li­be­ra­ção de neu­ro­trans­mis­so­res. Es­tes afe­tam as fun­ções de pro­ces­sa­men­to de da­dos e me­mó­ria. Em ou­tras pa­la­vras: sua in­te­li­gên­cia e sua ca­pa­ci­da­de de lem­brar-se di­rei­to das coi­sas. Quan­do você ten­ta re­du­zir o co­les­te­rol to­man­do re­mé­di­os que ata­cam a en­gre­na­gem de sín­te­se de co­les­te­rol no fí­ga­do, es­ses re­mé­di­os tam­bém vão para o cé­re­bro. En­tão, eles re­du­zem a sín­te­se de co­les­te­rol. Nos­so es­tu­do mos­tra que há uma re­la­ção di­re­ta en­tre o co­les­te­rol e a li­be­ra­ção de neu­ro­trans­mis­so­res, e co­nhe­ce­mos com pre­ci­são a mecâ­ni­ca mo­le­cu­lar do que ocor­re nas cé­lu­las. O co­les­te­rol al­te­ra a for­ma das pro­te­í­nas para es­ti­mu­lar a me­mó­ria e o ra­ci­o­cí­nio." dr. Yeon-Kyun Shin, pro­fes­sor de bi­o­fí­si­ca na Uni­ver­si­da­de Es­ta­du­al de Iowa, é uma au­to­ri­da­de re­co­nhe­ci­da na área do fun­ci­o­na­men­to do co­les­te­rol como trans­mis­sor de men­sa­gens em re­des neu­rais.

O “PE­RI­GO DO CO­LES­TE­ROL ALTO” DE FATO EXIS­TE?
O co­les­te­rol de­sem­pe­nha um pa­pel me­nor, se tan­to, nas do­en­ças car­dí­a­cas co­ro­na­ri­a­nas e seu ní­vel é um mau pre­vi­sor do ris­co de ata­ques car­dí­a­cos. Mais da me­ta­de dos pa­ci­en­tes hos­pi­ta­li­za­dos com ata­ques car­dí­a­cos tem ní­veis de co­les­te­rol na fai­xa “nor­mal”. A ideia de que re­du­zir dras­ti­ca­men­te os ní­veis de co­les­te­rol de al­gu­ma for­ma re­du­zi­rá má­gi­ca e dras­ti­ca­men­te o ris­co de ata­ques car­dí­a­cos já está com­ple­ta e ca­te­go­ri­ca­men­te re­fu­ta­da. De lon­ge, os fa­to­res de ris­co al­te­rá­veis mais im­por­tan­tes re­la­ci­o­na­dos ao ris­co de ata­ques car­dí­a­cos in­clu­em o fumo, o con­su­mo ex­ces­si­vo de ál­co­ol, a fal­ta de exer­cí­ci­os ae­ró­bi­cos, o so­bre­pe­so e uma di­e­ta rica em car­boi­dra­tos.
Por isso, quan­do vejo meus pa­ci­en­tes com ní­veis de co­les­te­rol de, di­ga­mos, 240 mg/dl ou mais, qua­se sem­pre é por­que seus clí­ni­cos ge­rais lhes re­cei­ta­ram me­di­ca­men­tos re­du­to­res de co­les­te­rol. Tra­ta-se de um ra­ci­o­cí­nio e de uma ati­tu­de er­ra­dos. Como foi dis­cu­ti­do, o co­les­te­rol é uma das subs­tân­ci­as quí­mi­cas mais crí­ti­cas na fi­si­o­lo­gia hu­ma­na. O me­lhor tes­te de la­bo­ra­tó­rio de re­fe­rên­cia para de­ter­mi­nar a si­tu­a­ção da saú­de de um pa­ci­en­te é o de he­mo­glo­bi­na A1C, e não o ní­vel de co­les­te­rol. Qua­se nun­ca, ou nun­ca, é apro­pri­a­do le­var em con­ta o co­les­te­rol alto, por si só, como uma ame­a­ça sig­ni­fi­ca­ti­va à saú­de.

6- Por que banir o açucar:


Uma união infrutífera
Seu cé­re­bro vi­ci­a­do em açú­car (na­tu­ral ou não)
Do pon­to de vis­ta evo­lu­ti­vo, nos­sos an­ces­trais só dis­pu­nham do açú­car que
en­con­tra­vam nas fru­tas, du­ran­te pou­cos me­ses do ano (na épo­ca da co­lhei­ta), ou no
mel, que era vi­gi­a­do pe­las abe­lhas. Mas, nos úl­ti­mos anos, o açú­car foi adi­ci­o­na­do
a qua­se to­dos os ali­men­tos pro­ces­sa­dos, li­mi­tan­do as es­co­lhas dos con­su­mi­do­res. A
na­tu­re­za fez do açú­car algo di­fí­cil de en­con­trar; o ho­mem o tor­nou fá­cil.
Dr. Ro­bert Lus­tig et al.1

Nos­sos an­ces­trais das ca­ver­nas, é bem ver­da­de, co­mi­am fru­tas, mas não to­dos os dias do ano. Não evo­lu­í­mos para li­dar com as enor­mes quan­ti­da­des de fru­to­se que con­su­mi­mos hoje — prin­ci­pal­men­te quan­do essa fru­to­se vem de fon­tes ma­nu­fa­tu­ra­das. As fru­tas in na­tu­ra têm re­la­ti­va­men­te pou­co açú­car, se com­pa­ra­das, di­ga­mos, com uma lata de re­fri­ge­ran­te nor­mal, cuja quan­ti­da­de é ma­ci­ça. Uma maçã de ta­ma­nho mé­dio con­tém cer­ca de 44 ca­lo­ri­as de açú­car, numa mis­tu­ra rica em fi­bras, gra­ças à pec­ti­na; em com­pen­sa­ção, uma la­ti­nha de 355ml de Coca-Cola ou Pep­si con­tém qua­se o do­bro — oi­ten­ta ca­lo­ri­as de açú­car. Se você fi­zer o suco de vá­ri­as ma­çãs e con­cen­trar o lí­qui­do numa be­bi­da de 355ml (per­den­do, as­sim, as fi­bras), veja bem, você vai ob­ter uma pan­ca­da de 85 ca­lo­ri­as de açú­car, que po­dia mui­to bem ter vin­do de um re­fri­ge­ran­te. Quan­do a fru­to­se che­ga ao fí­ga­do, a mai­or par­te se con­ver­te em gor­du­ra e é en­vi­a­da às nos­sas cé­lu­las adi­po­sas. Não ad­mi­ra que a fru­to­se te­nha sido con­si­de­ra­da pe­los bi­o­quí­mi­cos o car­boi­dra­to que mais en­gor­da. E quan­do nos­sos cor­pos se acos­tu­mam a re­a­li­zar essa ope­ra­ção sim­ples em cada re­fei­ção, po­de­mos cair numa ar­ma­di­lha em que até nos­so te­ci­do mus­cu­lar se tor­na re­sis­ten­te à in­su­li­na. Gary Tau­bes des­cre­ve esse efei­to do­mi­nó de for­ma bri­lhan­te no li­vro Why We Get Fat [Por que en­gor­da­mos]:

As­sim, em­bo­ra a fru­to­se não te­nha efei­to ime­di­a­to so­bre o açú­car no san­gue e a in­su­li­na, com o pas­sar do tem­po — tal­vez al­guns anos — ela é uma pro­vá­vel cau­sa de re­sis­tên­cia à in­su­li­na e, por­tan­to, do ar­ma­ze­na­men­to mai­or das ca­lo­ri­as sob a for­ma de gor­du­ra. O pon­tei­ro no nos­so me­di­dor de di­vi­são dos com­bus­tí­veis vai apon­tar na di­re­ção do ar­ma­ze­na­men­to de gor­du­ra, mes­mo que não te­nha co­me­ça­do des­se jei­to.5

7 Confie na epigenética:


O dom da neurogênese ou o controle dos comandos principais
Como mu­dar seu des­ti­no ge­né­ti­co
O cé­re­bro é um sis­te­ma mui­to mais aber­to do que se ima­gi­na­va,
e a na­tu­re­za fez mui­to para nos aju­dar a per­ce­ber e abor­dar o mun­do
à nos­sa vol­ta. Ela nos deu um cé­re­bro que so­bre­vi­ve a um mun­do
em trans­for­ma­ção trans­for­man­do a si mes­mo.
Dr. Nor­man Doi­dge, O cé­re­bro que se trans­for­ma

O PO­DER DA ME­DI­TA­ÇÃO
Me­di­tar está lon­ge de ser uma ati­vi­da­de pas­si­va. Pes­qui­sas mos­tram que quem me­di­ta tem um ris­co mui­to me­nor de so­frer do­en­ças ce­re­brais, en­tre ou­tras.29 Apren­der a me­di­tar exi­ge tem­po e prá­ti­ca, mas a ati­vi­da­de gera di­ver­sos be­ne­fí­ci­os com­pro­va­dos, to­dos eles com um pa­pel im­por­tan­te em nos­sa lon­ge­vi­da­de. Em meu site, , você po­de­rá ler so­bre re­cur­sos que aju­dam a apren­der essa téc­ni­ca.

 DE­SIN­TO­XI­CA­ÇÃO: O QUE ELA RE­PRE­SEN­TA
PARA A SAÚ­DE CE­RE­BRAL
O cor­po hu­ma­no pro­duz uma im­pres­si­o­nan­te va­ri­e­da­de de en­zi­mas que ser­vem para pu­ri­fi­car um gran­de nú­me­ro de to­xi­nas às quais so­mos ex­pos­tos tan­to no am­bi­en­te ex­ter­no quan­to in­ter­na­men­te, ge­ra­das no cur­so nor­mal do nos­so me­ta­bo­lis­mo. Es­sas en­zi­mas são pro­du­zi­das sob a di­re­ção do nos­so DNA e evo­lu­í­ram ao lon­go de cen­te­nas de mi­lha­res de anos.
A glu­ta­ti­o­na é vis­ta como um dos mais im­por­tan­tes agen­tes de­sin­to­xi­can­tes do cé­re­bro hu­ma­no. Subs­tân­cia quí­mi­ca re­la­ti­va­men­te sim­ples, a glu­ta­ti­o­na é um tri­pep­tí­deo, o que sig­ni­fi­ca que con­sis­te em ape­nas três ami­no­á­ci­dos. Mas, ape­sar de sua sim­pli­ci­da­de, a glu­ta­ti­o­na tem um pa­pel am­plo na saú­de do cé­re­bro. Em pri­mei­ro lu­gar, ela fun­ci­o­na como um im­por­tan­te an­ti­o­xi­dan­te na fi­si­o­lo­gia ce­lu­lar, não ape­nas aju­dan­do a pro­te­ger as cé­lu­las dos da­nos dos ra­di­cais li­vres, mas, tal­vez de for­ma mais im­por­tan­te, pro­te­gen­do as de­li­ca­das mi­to­côn­dri­as, que aju­dam a sus­ten­tar a vida. A glu­ta­ti­o­na é um an­ti­o­xi­dan­te tão im­por­tan­te que mui­tos ci­en­tis­tas me­dem o ní­vel de glu­ta­ti­o­na nas cé­lu­las como um in­di­ca­dor ge­ral da saú­de ce­lu­lar. A glu­ta­ti­o­na tam­bém tem um pa­pel po­de­ro­so na quí­mi­ca da de­sin­to­xi­ca­ção, li­gan­do-se a vá­ri­as to­xi­nas para tor­ná-las me­nos no­ci­vas. Ain­da mais im­por­tan­te é o fato de a glu­ta­ti­o­na ser­vir como subs­tra­to para a en­zi­ma glu­ta­ti­o­na S-trans­fe­ra­se, en­vol­vi­da na trans­for­ma­ção de in­ú­me­ras to­xi­nas, tor­nan­do-as mais so­lú­veis em água e, des­sa for­ma, mais fa­cil­men­te ex­cre­ta­das. De­fi­ci­ên­ci­as no fun­ci­o­na­men­to des­sa en­zi­ma es­tão as­so­ci­a­das a um am­plo nú­me­ro de pro­ble­mas de saú­de, in­clu­in­do me­la­no­ma, di­a­be­tes, asma, cân­cer de mama, Alz­hei­mer, glau­co­ma, cân­cer pul­mo­nar, als, Parkin­son e en­xa­que­cas, en­tre ou­tros. Com essa com­preen­são do pa­pel fun­da­men­tal da glu­ta­ti­o­na tan­to como an­ti­o­xi­dan­te quan­to como de­sin­to­xi­can­te, faz sen­ti­do todo o es­for­ço pos­sí­vel para man­ter e até au­men­tar os ní­veis de glu­ta­ti­o­na, que é exa­ta­men­te o que a mi­nha di­e­ta vai aju­dá-lo a atin­gir.


8 Por que somos viciados em glúten?



A fuga do seu cérebro
Como o glú­ten aca­ba com a sua paz de es­pí­ri­to, e com a de seus fi­lhos
Via de re­gra, o que está fora da vis­ta per­tur­ba mais a men­te dos ho­mens do que aqui­lo que pode ser vis­to.
Jú­lio Cé­sar

Em­bo­ra o júri ain­da não te­nha che­ga­do a um ve­re­dic­to em re­la­ção à cor­re­la­ção en­tre a sen­si­bi­li­da­de ao glú­ten e pro­ble­mas psi­co­ló­gi­cos ou com­por­ta­men­tais, já co­nhe­ce­mos al­guns fa­tos:

• quem so­fre de do­en­ça ce­lí­a­ca tem um ris­co mai­or de atra­so no de­sen­vol­vi­men­to, di­fi­cul­da­des de apren­di­za­gem, ti­ques ner­vo­sos e TDAH6

• a de­pres­são e a an­si­e­da­de cos­tu­mam ser for­tes em pa­ci­en­tes com sen­si­bi­li­da­de ao glú­ten.7, 8 Isso se deve pri­mor­di­al­men­te às ci­to­ci­nas, que blo­quei­am a pro­du­ção de neu­ro­trans­mis­so­res cru­ci­ais para o cé­re­bro, como a se­ro­to­ni­na, es­sen­ci­al na re­gu­la­gem do hu­mor. Com a eli­mi­na­ção do glú­ten e, mui­tas ve­zes, dos de­ri­va­dos de lei­te, mui­tos pa­ci­en­tes se li­vra­ram não ape­nas dos trans­tor­nos de hu­mor, mas de ou­tras con­di­ções cau­sa­das por um sis­te­ma imu­no­ló­gi­co hi­pe­ra­ti­vo, como aler­gi­as e ar­tri­te

• até 45% das pes­so­as com de­sor­dens do es­pec­tro do au­tis­mo (deas) têm pro­ble­mas gas­tro­in­tes­ti­nais.9 Em­bo­ra nem to­dos os sin­to­mas gas­tro­in­tes­ti­nais nas DEAS re­sul­tem de do­en­ça ce­lí­a­ca, os da­dos mos­tram uma pre­va­lên­cia mai­or des­ta em ca­sos pe­di­á­tri­cos de au­tis­mo em com­pa­ra­ção com a po­pu­la­ção pe­di­á­tri­ca em ge­ral

A boa no­tí­cia é que po­de­mos re­ver­ter mui­tos dos sin­to­mas das de­sor­dens neu­ro­ló­gi­cas, psi­co­ló­gi­cas e com­por­ta­men­tais sim­ples­men­te cor­tan­do o glú­ten e acres­cen­tan­do à nos­sa di­e­ta su­ple­men­tos como o DHA e pro­bi­ó­ti­cos. E para ilus­trar o im­pac­to de uma pres­cri­ção tão sim­ples, sem re­mé­di­os, veja a his­tó­ria de KJ, que eu co­nhe­ci há mais de uma dé­ca­da. Ela ti­nha cin­co anos de ida­de na épo­ca e um di­ag­nós­ti­co de sín­dro­me de Tou­ret­te, uma es­pé­cie de trans­tor­no do es­pec­tro ob­ses­si­vo-com­pul­si­vo ca­rac­te­ri­za­da por mo­vi­men­tos re­pen­ti­nos, re­pe­ti­ti­vos, não rít­mi­cos (ti­ques mo­to­res) e vo­ca­li­za­ções que en­vol­vem de­ter­mi­na­dos gru­pos mus­cu­la­res. Os ci­en­tis­tas di­zem que a cau­sa exa­ta des­sa ano­ma­lia neu­ro­ló­gi­ca é des­co­nhe­ci­da, mas a ver­da­de é que sa­be­mos que, como mui­tas de­sor­dens neu­ro­psi­qui­á­tri­cas, ela tem ra­í­zes ge­né­ti­cas que po­dem ser agra­va­das por fa­to­res am­bi­en­tais. Acre­di­to que pes­qui­sas fu­tu­ras vão re­ve­lar a ver­da­de por trás de mui­tos ca­sos de Tou­ret­te e mos­trar a sen­si­bi­li­da­de ao glú­ten em ação.
Na pri­mei­ra vi­si­ta de KJ ao con­sul­tó­rio, a mãe ex­pli­cou que no ano an­te­ri­or sua fi­lha co­me­çou a ter con­tra­ções in­vo­lun­tá­ri­as dos mús­cu­los do pes­co­ço, por ra­zões des­co­nhe­ci­das. Ela já ti­nha re­ce­bi­do vá­ri­os ti­pos de mas­so­te­ra­pia, que trou­xe­ram al­gu­ma me­lho­ria, mas o pro­ble­ma ia e vi­nha. Aca­bou pi­o­ran­do a pon­to de KJ so­frer com mo­vi­men­tos agres­si­vos na man­dí­bu­la, no ros­to e na nuca. Ela tam­bém lim­pa­va a gar­gan­ta o tem­po todo, pro­du­zin­do di­fe­ren­tes gru­nhi­dos. Seu mé­di­co ha­via di­ag­nos­ti­ca­do a sín­dro­me de Tou­ret­te.
Quan­do as­su­mi seu caso, per­ce­bi que três anos an­tes do sur­gi­men­to de seus gra­ves sin­to­mas neu­ro­ló­gi­cos, a me­ni­na co­me­çou a ter cri­ses de di­ar­reia e dor ab­do­mi­nal crô­ni­ca, das quais ela ain­da so­fria. Como você pode ima­gi­nar, fiz um tes­te de sen­si­bi­li­da­de ao glú­ten, que de fato con­fir­mou que a po­bre me­ni­na vi­via com uma sen­si­bi­li­da­de não di­ag­nos­ti­ca­da. Dois dias de­pois de ini­ci­ar uma di­e­ta sem glú­ten, to­dos os mo­vi­men­tos anor­mais, o lim­par da gar­gan­ta, os gru­nhi­dos e até as do­res ab­do­mi­nais ha­vi­am de­sa­pa­re­ci­do. Até hoje KJ está li­vre dos sin­to­mas e não pode mais ser con­si­de­ra­da uma pa­ci­en­te de sín­dro­me de Tou­ret­te. Foi uma re­a­ção tão con­vin­cen­te que eu cos­tu­mo ci­tar seu caso em mi­nhas pa­les­tras a pro­fis­si­o­nais da área da saú­de.

OS MAN­DA­MEN­TOS PARA SE LI­VRAR DA DOR DE CA­BE­ÇA
Vá­ri­as coi­sas po­dem de­sen­ca­de­ar a dor de ca­be­ça. Não há como re­la­ci­o­nar to­dos os pos­sí­veis cul­pa­dos, mas pos­so ofe­re­cer al­gu­mas di­cas para aca­bar com o so­fri­men­to. Ex­pe­ri­men­te as se­guin­tes:

• man­te­nha um ci­clo de sono mui­to ri­go­ro­so. Isso é cha­ve para re­gu­lar os hor­mô­ni­os de seu cor­po e man­ter a ho­me­os­ta­se — o es­ta­do pre­fe­ri­do do cor­po, em que a fi­si­o­lo­gia está em equi­lí­brio

• per­ca peso; quan­to mais você pesa, mai­or a pro­ba­bi­li­da­de de so­frer de do­res de ca­be­ça

• man­te­nha-se ati­vo; fi­car se­den­tá­rio en­se­ja pro­ces­sos in­fla­ma­tó­ri­os

• não pule re­fei­ções nem man­te­nha há­bi­tos ali­men­ta­res in­cons­tan­tes; as­sim como acon­te­ce com o sono, seu pa­drão ali­men­tar con­tro­la mui­tos pro­ces­sos hor­mo­nais que po­dem, por sua vez, afe­tar seu ris­co de do­res de ca­be­ça

• con­tro­le o es­tres­se emo­ci­o­nal, a an­si­e­da­de, as pre­o­cu­pa­ções e até a ex­ci­ta­ção; es­sas emo­ções es­tão en­tre as que mais co­mu­men­te pro­vo­cam do­res de ca­be­ça e quem so­fre de en­xa­que­ca cos­tu­ma ser sen­sí­vel a even­tos es­tres­san­tes, que le­vam à li­be­ra­ção de cer­tas subs­tân­ci­as quí­mi­cas no cé­re­bro que po­dem pro­vo­car al­te­ra­ções vas­cu­la­res e cau­sar en­xa­que­cas; para pi­o­rar as coi­sas, emo­ções como a an­si­e­da­de e a pre­o­cu­pa­ção po­dem au­men­tar a ten­são mus­cu­lar e di­la­tar va­sos san­guí­ne­os, au­men­tan­do a in­ten­si­da­de da en­xa­que­ca

• cor­te o glú­ten, os con­ser­van­tes, os adi­ti­vos e as co­mi­das pro­ces­sa­das; a di­e­ta bai­xa em gli­ce­mia, bai­xa em car­boi­dra­tos e rica em gor­du­ras sau­dá­veis apre­sen­ta­da no ca­pí­tu­lo 11 aju­da­rá mui­to a re­du­zir seu ris­co de ter dor de ca­be­ça; tome cui­da­do, em es­pe­ci­al, com quei­jos ma­tu­ra­dos, car­nes sal­ga­das e fon­tes de glu­ta­ma­to mo­nos­só­di­co (mui­to en­con­tra­do na co­mi­da chi­ne­sa), pois es­ses in­gre­di­en­tes po­dem ser res­pon­sá­veis por de­sen­ca­de­ar até 30% das en­xa­que­cas

• in­ves­ti­gue os pa­drões de sua ex­pe­ri­ên­cia com a ce­fa­leia; sem­pre aju­da sa­ber quan­do seu ris­co de ter uma au­men­ta; mui­tas mu­lhe­res, por exem­plo, des­co­brem pa­drões em tor­no do ci­clo mens­tru­al; se você for ca­paz de de­fi­nir es­ses pa­drões, en­ten­de­rá me­lhor a pe­cu­li­a­ri­da­de da sua dor de ca­be­ça e agi­rá de acor­do

9 Os mandamentos:


COMO CU­RAR SEU CÉ­RE­BRO

Ago­ra que você teve uma vi­são pa­norâ­mi­ca do pro­ble­ma, que abran­ge mais que ape­nas grãos e in­clui vir­tu­al­men­te to­dos os car­boi­dra­tos, é hora de de­bru­çar-se so­bre as for­mas pe­las quais você pode aju­dar a saú­de e o fun­ci­o­na­men­to das idei­as no seu cé­re­bro. Nes­ta se­ção do li­vro, va­mos exa­mi­nar três há­bi­tos fun­da­men­tais: di­e­ta, exer­cí­ci­os e sono. Cada um de­les de­sem­pe­nha um pa­pel sig­ni­fi­ca­ti­vo no bom ou mau fun­ci­o­na­men­to do cé­re­bro. E com as li­ções apren­di­das nes­ta par­te, você es­ta­rá to­tal­men­te pre­pa­ra­do para exe­cu­tar o pro­gra­ma de qua­tro se­ma­nas apre­sen­ta­do na ter­cei­ra par­te.

O regime alimentar para o cérebro ideal
Bom dia, je­jum, gor­du­ra e su­ple­men­tos es­sen­ci­ais
Eu je­juo para ter mai­or efi­ci­ên­cia fí­si­ca e men­tal.
Pla­tão (428-348 a.C.)

es­tu­dos re­cen­tes mos­tra­ram que o beta-hi­dro­xi­bu­ti­ra­to, a prin­ci­pal ce­to­na, não ape­nas é um com­bus­tí­vel, mas tam­bém um su­per­com­bus­tí­vel, que pro­duz ener­gia ATP de ma­nei­ra mais efi­ci­en­te que a gli­co­se. Ele tam­bém pro­te­geu as cé­lu­las neu­ro­nais, em uma cul­tu­ra de te­ci­dos, con­tra a ex­po­si­ção a to­xi­nas as­so­ci­a­das ao Alz­hei­mer ou ao Parkin­son.2

O je­jum du­ran­te bus­cas es­pi­ri­tu­ais é uma par­te in­te­gral da his­tó­ria das re­li­gi­ões. To­das as gran­des re­li­gi­ões pro­mo­vem o je­jum como algo mais que um ato sim­ples­men­te ce­ri­mo­ni­al. O je­jum sem­pre foi uma par­te fun­da­men­tal da prá­ti­ca es­pi­ri­tu­al, como no Ra­ma­dã mu­çul­ma­no ou no Yom Kip­pur ju­deu. Os io­gues pra­ti­cam a aus­te­ri­da­de em suas di­e­tas e os xa­mãs je­ju­am du­ran­te suas bus­cas vi­si­o­ná­ri­as. O je­jum tam­bém é uma prá­ti­ca co­mum en­tre os cris­tãos de­vo­tos, e a Bí­blia tem exem­plos de je­juns de um, três, sete e qua­ren­ta dias.

RES­VE­RA­TROL: A má­gi­ca por trás dos be­ne­fí­ci­os à saú­de de to­mar uma taça di­á­ria de vi­nho tin­to tem mui­to a ver com esse com­pos­to na­tu­ral, en­con­tra­do na uva, que não ape­nas re­tar­da o pro­ces­so de en­ve­lhe­ci­men­to, es­ti­mu­la o flu­xo de san­gue no cé­re­bro e aju­da a saú­de do co­ra­ção, mas tam­bém com­pro­va­da­men­te ini­be o de­sen­vol­vi­men­to de cé­lu­las adi­po­sas. Uma taça de vi­nho, po­rém, não tem a dose su­fi­ci­en­te de res­ve­ra­trol. Daí a ne­ces­si­da­de de su­ple­men­tá-la com do­ses mais al­tas, para co­lher seus be­ne­fí­ci­os.

PRÓ­BI­O­TI­COS: No­vas e im­pres­si­o­nan­tes pes­qui­sas mos­tra­ram que in­ge­rir ali­men­tos ri­cos em pro­bi­ó­ti­cos — mi­cror­ga­nis­mos vi­vos que au­xi­li­am as bac­té­ri­as re­si­den­tes no nos­so in­tes­ti­no — pode in­flu­en­ci­ar o com­por­ta­men­to do cé­re­bro e aju­dar a ali­vi­ar o es­tres­se, a an­si­e­da­de e a de­pres­são.8, 9, 10 Es­sas tri­bos de “bac­té­ri­as boas” que mo­ram no seu in­tes­ti­no e au­xi­li­am a di­ges­tão são es­ti­mu­la­das e nu­tri­das pe­los pro­bi­ó­ti­cos. Eles de­sem­pe­nham um pa­pel na pro­du­ção, na ab­sor­ção e no trans­por­te de subs­tân­ci­as neu­ro­quí­mi­cas como a se­ro­to­ni­na, a do­pa­mi­na e o fa­tor de cres­ci­men­to ner­vo­so, es­sen­ci­ais para um cé­re­bro sau­dá­vel e para a fun­ção ner­vo­sa.

ÓLEO DE COCO: Con­for­me já des­cre­vi, o óleo de coco pode aju­dar a pre­ve­nir e tra­tar do­en­ças neu­ro­de­ge­ne­ra­ti­vas. Ele não ape­nas é um su­per­com­bus­tí­vel para o cé­re­bro, mas tam­bém re­duz pro­ces­sos in­fla­ma­tó­ri­os. Você pode to­mar di­re­ta­men­te uma co­lher de chá ou usá-lo na pre­pa­ra­ção de re­fei­ções. O óleo de coco tem boa es­ta­bi­li­da­de tér­mi­ca. Por isso, você pode usá-lo para co­zi­nhar em al­tas tem­pe­ra­tu­ras. Na par­te de re­cei­tas, eu lhe da­rei al­gu­mas idei­as para tra­ba­lhar com o óleo de coco na co­zi­nha.
ÁCI­DO ALFA-LI­POI­CO: Esse áci­do gra­xo se en­con­tra em to­das as cé­lu­las do cor­po, onde é ne­ces­sá­rio para pro­du­zir a ener­gia para o fun­ci­o­na­men­to nor­mal. Ele cru­za a bar­rei­ra he­ma­to-en­ce­fá­li­ca e atua como um po­de­ro­so an­ti­o­xi­dan­te no cé­re­bro, tan­to nos te­ci­dos adi­po­sos quan­to aquo­sos. Hoje em dia os ci­en­tis­tas o in­ves­ti­gam como um tra­ta­men­to po­ten­ci­al para der­ra­mes e ou­tras con­di­ções ce­re­brais que en­vol­vem da­nos aos ra­di­cais li­vres, como a de­mên­cia.14 Em­bo­ra o cor­po con­si­ga pro­du­zir su­pri­men­tos ade­qua­dos des­se áci­do gra­xo, nos­so es­ti­lo de vida mo­der­no e nos­sas di­e­tas ade­qua­das po­dem tor­nar útil a su­ple­men­ta­ção.
VI­TA­MI­NA D: É um erro cha­mar a vi­ta­mi­na D de “vi­ta­mi­na”, por­que na ver­da­de ela é um hor­mô­nio es­te­roi­de li­pos­so­lú­vel. Em­bo­ra a mai­o­ria das pes­so­as a as­so­cie sim­ples­men­te à saú­de dos os­sos e ao ní­vel de cál­cio — daí ser ela adi­ci­o­na­da ao lei­te —, a vi­ta­mi­na D tem efei­tos de lon­go al­can­ce so­bre o cor­po e, es­pe­ci­al­men­te, so­bre o cé­re­bro. É sa­bi­do que exis­tem re­cep­to­res de vi­ta­mi­na D em todo o sis­te­ma ner­vo­so cen­tral; tam­bém sa­be­mos que a vi­ta­mi­na D aju­da a re­gu­lar en­zi­mas no cé­re­bro e o flui­do cé­re­bro-es­pi­nhal, en­vol­vi­dos na pro­du­ção de neu­ro­trans­mis­so­res e que es­ti­mu­lam o cres­ci­men­to de ner­vos. Es­tu­dos tan­to com ani­mais quan­to em la­bo­ra­tó­rio su­ge­rem que a vi­ta­mi­na D pro­te­ge os neu­rô­ni­os dos efei­tos da­no­sos dos ra­di­cais li­vres e re­duz os pro­ces­sos in­fla­ma­tó­ri­os. Veja abai­xo al­gu­mas des­co­ber­tas-cha­ve:15

10- Exercícios e sono :


Exer­ci­te seus ge­nes para con­quis­tar um cé­re­bro me­lhor
Uma men­te ve­lha é como um ca­va­lo ve­lho;
é pre­ci­so exer­ci­tá-lo se que­re­mos que con­ti­nue fun­ci­o­nan­do.
John Adams

...] Os mais atlé­ti­cos e ati­vos so­bre­vi­ve­ram e, as­sim como os ca­mun­don­gos de la­bo­ra­tó­rio, pas­sa­ram adi­an­te as ca­rac­te­rís­ti­cas fi­si­o­ló­gi­cas que me­lho­ra­vam sua re­sis­tên­cia, in­clu­si­ve ní­veis ele­va­dos de BDNF. Por fim, es­ses atle­tas pre­co­ces vi­e­ram a ter BDNF su­fi­ci­en­te cor­ren­do em seus or­ga­nis­mos para que par­te mi­gras­se dos mús­cu­los para o cé­re­bro, onde ele pas­sou a es­ti­mu­lar o cres­ci­men­to de te­ci­do ce­re­bral. Gret­chen Rey­nolds

Num es­tu­do si­mi­lar, pes­qui­sa­do­res de Har­vard iden­ti­fi­ca­ram uma for­te as­so­ci­a­ção en­tre os exer­cí­ci­os e as fun­ções cog­ni­ti­vas em mu­lhe­res ido­sas, con­clu­in­do:

Nes­te es­tu­do am­plo e pros­pec­ti­vo de mu­lhe­res mais ve­lhas, ní­veis mais al­tos de ati­vi­da­de fí­si­ca re­gu­lar de lon­go pra­zo mos­tra­ram for­te cor­re­la­ção com ní­veis mais al­tos de fun­ções cog­ni­ti­vas e me­nor de­clí­nio cog­ni­ti­vo. Es­pe­ci­fi­ca­men­te, os be­ne­fí­ci­os cog­ni­ti­vos apa­ren­tes de uma mai­or ati­vi­da­de fí­si­ca fo­ram equi­va­len­tes a ter três anos de ida­de a me­nos e es­ta­vam re­la­ci­o­na­dos a um ris­co 20% me­nor de com­pro­me­ti­men­to cog­ni­ti­vo.

E sono

Boa noite, cérebro
Ala­van­que sua lep­ti­na para con­tro­lar os hor­mô­ni­os
En­cer­re um dia an­tes de co­me­çar o ou­tro,
e in­ter­po­nha uma só­li­da pa­re­de de sono en­tre os dois.
Ralph Wal­do Emer­son

"An­tes do di­ag­nós­ti­co de sen­si­bi­li­da­de ao glú­ten, mi­nha saú­de es­ta­va numa es­pi­ral ne­ga­ti­va [...]. Em­bo­ra eu ape­nas ti­ves­se aca­ba­do de en­trar na casa dos qua­ren­ta e fi­zes­se exer­cí­ci­os di­á­ri­os, eu me sen­tia le­tár­gi­co e mal con­se­guia che­gar ao fim do dia [...]. Eu es­ta­va me tor­na­do iras­cí­vel e sur­ta­va fa­cil­men­te, por qual­quer mo­ti­vo [...]. A de­pres­são se ins­ta­lou, já que eu não con­se­guia me li­vrar dos pen­sa­men­tos ne­ga­ti­vos. Con­ven­ci-me de que ia mor­rer [...]. [Hoje] eu sou uma pes­soa nova. Vol­tei a ser tran­qui­lão e te­nho ener­gia o dia todo. Dur­mo a noi­te in­tei­ra re­gu­lar­men­te e mi­nha dor nas jun­tas de­sa­pa­re­ceu. Con­si­go pen­sar com cla­re­za e não me dis­traio das mi­nhas ta­re­fas. A me­lhor par­te é que aque­la gor­du­ri­nha tei­mo­sa em vol­ta da mi­nha re­gi­ão cen­tral vir­tu­al­men­te der­re­teu pela me­ta­de em duas se­ma­nas. Agra­de­ço ao se­nhor por me de­vol­ver mi­nha vida."

O li­vro The Ro­se­da­le Diet [A di­e­ta de Ro­se­da­le], de Ron Ro­se­da­le e Ca­rol Col­man, que tra­ta de for­ma abran­gen­te da lep­ti­na no con­tro­le do peso, enu­me­ra os sin­to­mas, mui­tos dos quais ocor­rem tam­bém na re­sis­tên­cia à in­su­li­na:13

• ex­ces­so de peso

• can­sa­ço após as re­fei­ções

• pre­sen­ça de “pneu­zi­nhos”

• pres­são ar­te­ri­al alta

• de­se­jo cons­tan­te pe­los ali­men­tos fa­vo­ri­tos

• sen­sa­ção cons­tan­te de es­tres­se e an­si­e­da­de

• fome per­ma­nen­te ou no meio da noi­te

• os­te­o­po­ro­se

• in­ca­pa­ci­da­de de per­der ou man­ter o peso

• de­se­jo cons­tan­te de açú­car ou es­ti­mu­lan­tes, como a ca­fe­í­na

• tri­gli­cé­ri­des de je­jum alto, aci­ma de 100 mg/dl — prin­ci­pal­men­te quan­do igual ou su­pe­ri­or aos ní­veis de co­les­te­rol

• ten­dên­cia a be­lis­car de­pois das re­fei­ções

• in­ca­pa­ci­da­de de mu­dar a apa­rên­cia do cor­po, por mais exer­cí­ci­os que faça

Um comentário:

  1. Aprovado...Tudo que vi acima é tudo Isso que temos que alinhar...Parabêns aos Personagem que teve essa belíssima Idéia !!!

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