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Dicas para o alzheimer:
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Dica número um:
1- Seja Contra os grãos
da sabedoria. Curar a doença depois que ela aparece é como cavar um poço
quando se tem sede, ou forjar armas com a guerra iniciada.
Nei Jing, século II a.C.
retire os grãos:
E os benefícios não se limitam à saúde cerebral. Estou em condições de prometer que esse programa ajudará em todos os pontos a seguir:
• problemas de memória e ligeira perda cognitiva, precursores frequentes do Alzheimer
• problemas de foco e concentração
• transtorno de atenção e hiperatividade
• depressão
• ansiedade e estresse crônico
• transtorno de humor
• epilepsia
• insônia
• dores de cabeça crônicas e enxaqueca
• doenças inflamatórias, inclusive artrite
• síndrome de Tourette
• problemas intestinais, inclusive doença celíaca, intolerância ao glúten e síndrome do cólon irritável
• diabetes
• sobrepeso e obesidade
2- Faça exames:
Quais são os seus fatores de risco?
1. Eu como pão (de qualquer tipo)
VERDADEIRO/FALSO
2. Tomo suco de frutas (de qualquer tipo)
VERDADEIRO/FALSO
3. Como mais de uma porção de fruta diariamente
VERDADEIRO/FALSO
4. Troco o açúcar pelo xarope de ágave*
VERDADEIRO/FALSO
5. Fico ofegante todos os dias ao caminhar
VERDADEIRO/FALSO
6. Meu colesterol é inferior a 150
VERDADEIRO/FALSO
7. Sou diabético
VERDADEIRO/FALSO
8. Estou acima do peso
VERDADEIRO/FALSO
9. Como arroz, massas, cereais (de qualquer tipo)
VERDADEIRO/FALSO
10. Tomo leite
VERDADEIRO/FALSO
11. Não me exercito regularmente
VERDADEIRO/FALSO
12. Tenho histórico familiar de problemas neurológicos
VERDADEIRO/FALSO
13. Não tomo suplemento de vitamina D
VERDADEIRO/FALSO
14. Evito comer gorduras
VERDADEIRO/FALSO
15. Tomo estatinas
VERDADEIRO/FALSO
16. Evito alimentos ricos em colesterol
VERDADEIRO/FALSO
17. Tomo refrigerantes (diet ou normais)
VERDADEIRO/FALSO
18. Não tomo vinho
VERDADEIRO/FALSO
19. Tomo cerveja
VERDADEIRO/FALSO
20. Como cereais
VERDADEIRO/FALSO
TESTANDO, TESTANDO, UM, DOIS, TRÊS
“Que risco eu corro?” Muitas pessoas me fazem essa pergunta todos os dias. A boa notícia é que hoje tenho condições de estabelecer perfis médicos individualizados e determinar o risco de cada pessoa desenvolver certas doenças — do Alzheimer à obesidade (hoje um fator de risco bem documentado para problemas cerebrais) —, e acompanhá-los ao longo do tempo para avaliar a evolução de cada um. Os testes de laboratório relacionados abaixo já estão disponíveis. Em capítulos ulteriores, você saberá mais a respeito desses testes, bem como a respeito de ideias para melhorar seus resultados. Não hesite em levar esta lista consigo, em sua próxima consulta, e pedir ao seu médico que solicite os seguintes exames laboratoriais:
• Glicemia de jejum: ferramenta comumente usada no diagnóstico do diabetes e do pré-diabetes, é o exame que mede a taxa de açúcar (glicose) em seu sangue depois de oito horas sem comer. Um nível entre 70 e 100 miligramas por decilitro (mg/dL) é considerado normal. Acima disso, seu corpo apresenta sinais de resistência à insulina e diabetes, e um risco mais elevado de problemas cerebrais.
• Hemoglobina Glicada (A1C): ao contrário do exame de açúcar no sangue, este teste revela uma taxa “média” de açúcar ao longo de um período de noventa dias, o que fornece uma indicação muito mais precisa do controle geral do açúcar no sangue. Como indica o dano às proteínas do cérebro provocado pelo açúcar, é um dos melhores preditores de atrofia cerebral.
• Frutosamina: similar ao exame de hemoglobina glicada, o exame de frutosamina é usado para medir o nível médio de açúcar no sangue, mas num período inferior.
• Insulina de jejum: muito antes de o nível de açúcar no sangue começar a se elevar, à medida que a pessoa se torna diabética, o nível de insulina de jejum começa a aumentar, indicando que o pâncreas está fazendo hora extra para lidar com o excesso de carboidratos na dieta. É um alerta precoce muito eficiente para se antecipar à curva do diabetes e tem enorme relevância na prevenção de problemas cerebrais.
• Homocisteína: níveis elevados desse aminoácido estão associados a várias condições, incluindo a aterosclerose (estreitamento e endurecimento das artérias), doenças cardíacas, derrames e demência; pode-se reduzi-la facilmente, em geral, com vitaminas B específicas.
• Vitamina D: hoje reconhecida como um hormônio cerebral crucial (não é uma vitamina).
• PCR (proteína C-reativa): é um marcador de processos inflamatórios.
• Cyrex matriz 3: é o marcador mais abrangente disponível para o mapeamento da sensibilidade ao glúten.
• Cyrex matriz 4 (facultativo): mede a sensibilidade “cruzada” a 24 alimentos em relação aos quais um indivíduo intolerante ao glúten também pode sofrer reações.
Dica número 3 corrija a inflamação no intestino:
A maior causa das doenças
do cérebro
O que você não sabe sobre as inflamações
A principal função do cérebro é carregar o cérebro por toda parte.
Thomas Alva Edison
O MAL DE ALZHEIMER —
UM TERCEIRO TIPO DE DIABETES?
Volte à sua viagem no tempo com os caçadores e coletores do Paleolítico. Os cérebros deles não são muito diferentes do seu. Ambos evoluíram para procurar alimentos ricos em gordura e açúcar. Afinal de contas, trata-se de um mecanismo de sobrevivência. O problema é que seu esforço caçador não dura muito; afinal, você vive na era da abundância, e é mais provável que encontre gorduras e açúcares processados. Seus colegas das cavernas, provavelmente, perderão muito tempo nessa procura, e o máximo que encontrarão serão gorduras de animais e açúcares naturais de plantas e frutas, se estiverem na estação correta. Portanto, embora seu cérebro funcione de maneira similar, suas fontes de nutrição são tudo, menos similares. Observe, a propósito, os gráficos abaixo, que apresentam as principais diferenças entre a nossa dieta e a de nossos ancestrais:
UMA TRISTE REALIDADE
Mais de 186 mil pessoas abaixo dos vinte anos têm diabetes (seja do tipo 1 ou 2) nos Estados Unidos.5 Não mais que uma década atrás, o diabetes tipo 2 era conhecido como um diabetes da idade adulta, mas o termo foi abandonado diante do alto número de diagnósticos entre jovens. E novos estudos mostram que a evolução da doença ocorre mais rapidamente nas crianças que nos adultos. Ela também é de tratamento mais difícil quando constatada precocemente.
UM INCÊNDIO SILENCIOSO NO CÉREBRO
Uma das perguntas que mais ouço em meu consultório, feita pelos parentes de pacientes com Alzheimer, é: “O que minha mãe [ou meu pai, meu irmão, minha irmã] fez de errado?”. Procuro ter cuidado ao dar a resposta num momento tão delicado na vida de uma família. Ver meu próprio pai decair lentamente, um dia após o outro, me faz lembrar constantemente o sentimento confuso por que passam meus pacientes. A frustração se mistura com impotência, a angústia se confunde com lamento. Mas se pudesse contar a um familiar (e aí me incluo) a verdade absoluta, considerando tudo o que sabemos hoje, eu diria que o ente querido pode ter feito algo errado:
• viveu com níveis elevados de açúcar no sangue, mesmo sem ser diabético
• comeu carboidratos em excesso ao longo da vida
• optou por uma dieta pobre em gorduras, minimizando o colesterol
• tinha sensibilidade, não diagnosticada, ao glúten, proteína que encontramos no trigo, no centeio e na cevada
4 Por que banir o glúten:
O papel do glúten nos processos inflamatórios cerebrais
(o problema não é só a sua barriga)
Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és.
Anthelme Brillat-Savarin (1755-1826)
"Desde que cortei o glúten, minha vida deu uma guinada de 180 graus. A primeira mudança que me vem à mente, e a mais importante, é o humor. Quando eu ingeria glúten, lutava contra a depressão. Eu me deparava o tempo todo com uma “nuvem negra sobre minha cabeça”. Agora que não como glúten, não me sinto mais deprimida. A única vez que comi um pouco, por engano, me senti mal no dia seguinte. Outras mudanças que notei incluem sentir mais energia e conseguir me concentrar por períodos mais longos. Meus pensamentos estão mais aguçados do que nunca. Consigo tomar decisões e chegar a conclusões lógicas e seguras como nunca antes. Também me livrei do comportamento obsessivo-compulsivo."
SINAIS DE SENSIBILIDADE AO GLÚTEN
A melhor forma de saber se você é sensível ao glúten é fazer um exame. Infelizmente, os exames de sangue tradicionais e as biópsias do intestino delgado nem de longe têm a precisão dos testes mais recentes, que conseguem identificar os anticorpos específicos para o glúten. Abaixo segue uma lista de sintomas e doenças associados à sensibilidade ao glúten. Ainda que não sofra de nenhuma dessas condições, aconselho que você faça os exames descritos nas páginas 25-6:
abortos
alcoolismo
ansiedade
ataxia, perda de equilíbrio
autismo
câncer
confusão mental
convulsões/ epilepsia
depressão
desejo incontrolável por açúcar
distúrbios digestivos (gases, inchaço, diarreia, prisão de ventre, cãibras etc.)
doenças cardíacas
dores no peito
dores ósseas/ osteopenia/ osteoporose
enxaquecas
esclerose lateral amiotrófica (als)
infertilidade
intolerância à lactose
má absorção de alimentos
mal de Parkinson
mal-estar constante
náusea/ vômitos
problemas de crescimento
síndrome do intestino irritável
TDAH
transtornos autoimunes (diabetes, tireoide de Hashimoto, artrite reumatoide etc.)
transtornos neurológico
A POLÍCIA DO GLÚTEN21
Os seguintes grãos e amidos contêm glúten:
bulgur (triguilho)
centeio
cevada
creme de semente de trigo
cuscuz
espelta (ou trigo vermelho)
farinha de graham
gérmen de trigo
kamut
matzá
semolina
trigo
triticale
Os seguintes alimentos não contêm glúten:
amaranto
araruta
arroz
batata
milhete
milho
quinoa
soja
sorgo
tapioca
Teff
trigo sarraceno
Os seguintes alimentos costumam conter glúten:
achocolatados comerciais
almôndegas
aveia (exceto as que possuem certificado “gluten-free”)
barrinhas energéticas
batata frita congelada (costuma ser coberta de farinha)
bebidas quentes instantâneas
cachorros‑quentes
cafés e chás com sabores
caldos comerciais
castanhas torradas
cereais
cerveja
embutidos
empanados
queijos processados
recheios de frutas, pudins
seitan
shoyu e molho teriyaki
sopas
sorvetes
substitutos do creme de leite
farinha de aveia (exceto as que possuem certificado “gluten-free”)
feijão enlatado
frios
gorgonzola
hambúrguer vegetal
hóstias
kani, bacon etc.
ketchup
maionese
malte/ sabor de malte
marinados
“mix nuts” (mistura de frutas secas e castanhas)
molhos em geral (para salada, para carnes etc.)
substitutos do ovo
tabule
vegetais fritos/ tempurá
vinagre de malte
vodca
wheatgrass (grama de trigo)
xaropes
Abaixo, fontes variadas de glúten:
batons, protetores labiais
cosméticos
massinha de modelar para crianças
selos e envelopes de lamber
vitaminas e suplementos (checar o rótulo)
xampus
Os seguintes ingredientes costumam ser glúten com outro nome:
Avena sativa
amido modificado
ciclodextrina
complexo peptídico
corante de caramelo (em geral feito a partir da cevada)
dextrina
extrato de fitoesfingosina
extrato de levedura
extrato de malte hidrolisado
extratos fermentados de grãos
hidrolisado
Hordeum distichon
Hordeum vulgare
maltodextrina
proteína de soja hidrolisada
proteína vegetal hidrolisada
sabor natural
Secale cereale
tocoferol/ vitamina E
Triticum aestivum
Triticum vulgare
xarope de arroz integral
5 Coma gorduras:
“gordurofóbicos”
A surpreendente verdade sobre os amigos
e inimigos do seu cérebro
Nenhuma dieta removerá toda a gordura do seu corpo porque o cérebro é
gordura pura. Sem um cérebro, você poderá ter uma boa aparência, mas tudo o
que poderá fazer é se candidatar a um cargo público.
George Bernard Shaw
SÃO TANTOS ÔMEGAS: QUAIS SÃO SAUDÁVEIS?
Hoje em dia ouvimos falar muito em gorduras ômega 3 e ômega 6. No conjunto, as gorduras ômega 6 pertencem à categoria das “gorduras ruins”; em algum grau, elas favorecem inflamações, e há evidências de que um consumo elevado dessas gorduras esteja relacionado a transtornos cerebrais. Infelizmente, a dieta americana é extremamente rica em gorduras ômega 6, que são encontradas em diversos óleos vegetais, como os óleos de cártamo, de milho, de canola, de girassol e de soja. Este último representa a fonte número um de gordura na dieta do americano. Segundo estudos antropológicos, nossos antepassados caçadores-coletores consumiam gorduras ômega 6 e ômega 3 numa proporção de aproximadamente
1 : 1.5 Hoje, consumimos dez a 25 vezes mais gorduras ômega 6 que o padrão evolutivo, e reduzimos drasticamente nossa ingestão de gorduras ômega 3, saudáveis e estimulantes para o cérebro (alguns especialistas acreditam que nosso consumo de ácidos graxos saudáveis foi responsável pela triplicação do tamanho do cérebro humano). A tabela que segue lista a quantidade de ômega 6 e ômega 3 de diversos óleos vegetais e alimentos:
Os frutos do mar são uma excelente fonte de ácidos graxos ômega 3, e até mesmo as carnes de boi, cordeiro, veado e búfalo contêm essa fabulosa gordura. Mas há um porém a levar em conta: animais alimentados com grãos (geralmente milho e soja) não terão ômega 3 suficiente em suas dietas, e sua carne será deficiente nesses nutrientes vitais. Daí o clamor em favor do consumo de animais alimentados com grama e contra a piscicultura.
"Quando você priva o cérebro de colesterol, está afetando diretamente a engrenagem que desencadeia a liberação de neurotransmissores. Estes afetam as funções de processamento de dados e memória. Em outras palavras: sua inteligência e sua capacidade de lembrar-se direito das coisas. Quando você tenta reduzir o colesterol tomando remédios que atacam a engrenagem de síntese de colesterol no fígado, esses remédios também vão para o cérebro. Então, eles reduzem a síntese de colesterol. Nosso estudo mostra que há uma relação direta entre o colesterol e a liberação de neurotransmissores, e conhecemos com precisão a mecânica molecular do que ocorre nas células. O colesterol altera a forma das proteínas para estimular a memória e o raciocínio." dr. Yeon-Kyun Shin, professor de biofísica na Universidade Estadual de Iowa, é uma autoridade reconhecida na área do funcionamento do colesterol como transmissor de mensagens em redes neurais.
O “PERIGO DO COLESTEROL ALTO” DE FATO EXISTE?
O colesterol desempenha um papel menor, se tanto, nas doenças cardíacas coronarianas e seu nível é um mau previsor do risco de ataques cardíacos. Mais da metade dos pacientes hospitalizados com ataques cardíacos tem níveis de colesterol na faixa “normal”. A ideia de que reduzir drasticamente os níveis de colesterol de alguma forma reduzirá mágica e drasticamente o risco de ataques cardíacos já está completa e categoricamente refutada. De longe, os fatores de risco alteráveis mais importantes relacionados ao risco de ataques cardíacos incluem o fumo, o consumo excessivo de álcool, a falta de exercícios aeróbicos, o sobrepeso e uma dieta rica em carboidratos.
Por isso, quando vejo meus pacientes com níveis de colesterol de, digamos, 240 mg/dl ou mais, quase sempre é porque seus clínicos gerais lhes receitaram medicamentos redutores de colesterol. Trata-se de um raciocínio e de uma atitude errados. Como foi discutido, o colesterol é uma das substâncias químicas mais críticas na fisiologia humana. O melhor teste de laboratório de referência para determinar a situação da saúde de um paciente é o de hemoglobina A1C, e não o nível de colesterol. Quase nunca, ou nunca, é apropriado levar em conta o colesterol alto, por si só, como uma ameaça significativa à saúde.
6- Por que banir o açucar:
Uma união infrutífera
Seu cérebro viciado em açúcar (natural ou não)
Do ponto de vista evolutivo, nossos ancestrais só dispunham do açúcar que
encontravam nas frutas, durante poucos meses do ano (na época da colheita), ou no
mel, que era vigiado pelas abelhas. Mas, nos últimos anos, o açúcar foi adicionado
a quase todos os alimentos processados, limitando as escolhas dos consumidores. A
natureza fez do açúcar algo difícil de encontrar; o homem o tornou fácil.
Dr. Robert Lustig et al.1
Nossos ancestrais das cavernas, é bem verdade, comiam frutas, mas não todos os dias do ano. Não evoluímos para lidar com as enormes quantidades de frutose que consumimos hoje — principalmente quando essa frutose vem de fontes manufaturadas. As frutas in natura têm relativamente pouco açúcar, se comparadas, digamos, com uma lata de refrigerante normal, cuja quantidade é maciça. Uma maçã de tamanho médio contém cerca de 44 calorias de açúcar, numa mistura rica em fibras, graças à pectina; em compensação, uma latinha de 355ml de Coca-Cola ou Pepsi contém quase o dobro — oitenta calorias de açúcar. Se você fizer o suco de várias maçãs e concentrar o líquido numa bebida de 355ml (perdendo, assim, as fibras), veja bem, você vai obter uma pancada de 85 calorias de açúcar, que podia muito bem ter vindo de um refrigerante. Quando a frutose chega ao fígado, a maior parte se converte em gordura e é enviada às nossas células adiposas. Não admira que a frutose tenha sido considerada pelos bioquímicos o carboidrato que mais engorda. E quando nossos corpos se acostumam a realizar essa operação simples em cada refeição, podemos cair numa armadilha em que até nosso tecido muscular se torna resistente à insulina. Gary Taubes descreve esse efeito dominó de forma brilhante no livro Why We Get Fat [Por que engordamos]:
Assim, embora a frutose não tenha efeito imediato sobre o açúcar no sangue e a insulina, com o passar do tempo — talvez alguns anos — ela é uma provável causa de resistência à insulina e, portanto, do armazenamento maior das calorias sob a forma de gordura. O ponteiro no nosso medidor de divisão dos combustíveis vai apontar na direção do armazenamento de gordura, mesmo que não tenha começado desse jeito.5
7 Confie na epigenética:
Como mudar seu destino genético
O cérebro é um sistema muito mais aberto do que se imaginava,
e a natureza fez muito para nos ajudar a perceber e abordar o mundo
à nossa volta. Ela nos deu um cérebro que sobrevive a um mundo
em transformação transformando a si mesmo.
Dr. Norman Doidge, O cérebro que se transforma
O PODER DA MEDITAÇÃO
Meditar está longe de ser uma atividade passiva. Pesquisas mostram que quem medita tem um risco muito menor de sofrer doenças cerebrais, entre outras.29 Aprender a meditar exige tempo e prática, mas a atividade gera diversos benefícios comprovados, todos eles com um papel importante em nossa longevidade. Em meu site,
DESINTOXICAÇÃO: O QUE ELA REPRESENTA
PARA A SAÚDE CEREBRAL
O corpo humano produz uma impressionante variedade de enzimas que servem para purificar um grande número de toxinas às quais somos expostos tanto no ambiente externo quanto internamente, geradas no curso normal do nosso metabolismo. Essas enzimas são produzidas sob a direção do nosso DNA e evoluíram ao longo de centenas de milhares de anos.
A glutationa é vista como um dos mais importantes agentes desintoxicantes do cérebro humano. Substância química relativamente simples, a glutationa é um tripeptídeo, o que significa que consiste em apenas três aminoácidos. Mas, apesar de sua simplicidade, a glutationa tem um papel amplo na saúde do cérebro. Em primeiro lugar, ela funciona como um importante antioxidante na fisiologia celular, não apenas ajudando a proteger as células dos danos dos radicais livres, mas, talvez de forma mais importante, protegendo as delicadas mitocôndrias, que ajudam a sustentar a vida. A glutationa é um antioxidante tão importante que muitos cientistas medem o nível de glutationa nas células como um indicador geral da saúde celular. A glutationa também tem um papel poderoso na química da desintoxicação, ligando-se a várias toxinas para torná-las menos nocivas. Ainda mais importante é o fato de a glutationa servir como substrato para a enzima glutationa S-transferase, envolvida na transformação de inúmeras toxinas, tornando-as mais solúveis em água e, dessa forma, mais facilmente excretadas. Deficiências no funcionamento dessa enzima estão associadas a um amplo número de problemas de saúde, incluindo melanoma, diabetes, asma, câncer de mama, Alzheimer, glaucoma, câncer pulmonar, als, Parkinson e enxaquecas, entre outros. Com essa compreensão do papel fundamental da glutationa tanto como antioxidante quanto como desintoxicante, faz sentido todo o esforço possível para manter e até aumentar os níveis de glutationa, que é exatamente o que a minha dieta vai ajudá-lo a atingir.
8 Por que somos viciados em glúten?
A fuga do seu cérebro
Como o glúten acaba com a sua paz de espírito, e com a de seus filhos
Via de regra, o que está fora da vista perturba mais a mente dos homens do que aquilo que pode ser visto.
Júlio César
Embora o júri ainda não tenha chegado a um veredicto em relação à correlação entre a sensibilidade ao glúten e problemas psicológicos ou comportamentais, já conhecemos alguns fatos:
• quem sofre de doença celíaca tem um risco maior de atraso no desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem, tiques nervosos e TDAH6
• a depressão e a ansiedade costumam ser fortes em pacientes com sensibilidade ao glúten.7, 8 Isso se deve primordialmente às citocinas, que bloqueiam a produção de neurotransmissores cruciais para o cérebro, como a serotonina, essencial na regulagem do humor. Com a eliminação do glúten e, muitas vezes, dos derivados de leite, muitos pacientes se livraram não apenas dos transtornos de humor, mas de outras condições causadas por um sistema imunológico hiperativo, como alergias e artrite
• até 45% das pessoas com desordens do espectro do autismo (deas) têm problemas gastrointestinais.9 Embora nem todos os sintomas gastrointestinais nas DEAS resultem de doença celíaca, os dados mostram uma prevalência maior desta em casos pediátricos de autismo em comparação com a população pediátrica em geral
A boa notícia é que podemos reverter muitos dos sintomas das desordens neurológicas, psicológicas e comportamentais simplesmente cortando o glúten e acrescentando à nossa dieta suplementos como o DHA e probióticos. E para ilustrar o impacto de uma prescrição tão simples, sem remédios, veja a história de KJ, que eu conheci há mais de uma década. Ela tinha cinco anos de idade na época e um diagnóstico de síndrome de Tourette, uma espécie de transtorno do espectro obsessivo-compulsivo caracterizada por movimentos repentinos, repetitivos, não rítmicos (tiques motores) e vocalizações que envolvem determinados grupos musculares. Os cientistas dizem que a causa exata dessa anomalia neurológica é desconhecida, mas a verdade é que sabemos que, como muitas desordens neuropsiquiátricas, ela tem raízes genéticas que podem ser agravadas por fatores ambientais. Acredito que pesquisas futuras vão revelar a verdade por trás de muitos casos de Tourette e mostrar a sensibilidade ao glúten em ação.
Na primeira visita de KJ ao consultório, a mãe explicou que no ano anterior sua filha começou a ter contrações involuntárias dos músculos do pescoço, por razões desconhecidas. Ela já tinha recebido vários tipos de massoterapia, que trouxeram alguma melhoria, mas o problema ia e vinha. Acabou piorando a ponto de KJ sofrer com movimentos agressivos na mandíbula, no rosto e na nuca. Ela também limpava a garganta o tempo todo, produzindo diferentes grunhidos. Seu médico havia diagnosticado a síndrome de Tourette.
Quando assumi seu caso, percebi que três anos antes do surgimento de seus graves sintomas neurológicos, a menina começou a ter crises de diarreia e dor abdominal crônica, das quais ela ainda sofria. Como você pode imaginar, fiz um teste de sensibilidade ao glúten, que de fato confirmou que a pobre menina vivia com uma sensibilidade não diagnosticada. Dois dias depois de iniciar uma dieta sem glúten, todos os movimentos anormais, o limpar da garganta, os grunhidos e até as dores abdominais haviam desaparecido. Até hoje KJ está livre dos sintomas e não pode mais ser considerada uma paciente de síndrome de Tourette. Foi uma reação tão convincente que eu costumo citar seu caso em minhas palestras a profissionais da área da saúde.
OS MANDAMENTOS PARA SE LIVRAR DA DOR DE CABEÇA
Várias coisas podem desencadear a dor de cabeça. Não há como relacionar todos os possíveis culpados, mas posso oferecer algumas dicas para acabar com o sofrimento. Experimente as seguintes:
• mantenha um ciclo de sono muito rigoroso. Isso é chave para regular os hormônios de seu corpo e manter a homeostase — o estado preferido do corpo, em que a fisiologia está em equilíbrio
• perca peso; quanto mais você pesa, maior a probabilidade de sofrer de dores de cabeça
• mantenha-se ativo; ficar sedentário enseja processos inflamatórios
• não pule refeições nem mantenha hábitos alimentares inconstantes; assim como acontece com o sono, seu padrão alimentar controla muitos processos hormonais que podem, por sua vez, afetar seu risco de dores de cabeça
• controle o estresse emocional, a ansiedade, as preocupações e até a excitação; essas emoções estão entre as que mais comumente provocam dores de cabeça e quem sofre de enxaqueca costuma ser sensível a eventos estressantes, que levam à liberação de certas substâncias químicas no cérebro que podem provocar alterações vasculares e causar enxaquecas; para piorar as coisas, emoções como a ansiedade e a preocupação podem aumentar a tensão muscular e dilatar vasos sanguíneos, aumentando a intensidade da enxaqueca
• corte o glúten, os conservantes, os aditivos e as comidas processadas; a dieta baixa em glicemia, baixa em carboidratos e rica em gorduras saudáveis apresentada no capítulo 11 ajudará muito a reduzir seu risco de ter dor de cabeça; tome cuidado, em especial, com queijos maturados, carnes salgadas e fontes de glutamato monossódico (muito encontrado na comida chinesa), pois esses ingredientes podem ser responsáveis por desencadear até 30% das enxaquecas
• investigue os padrões de sua experiência com a cefaleia; sempre ajuda saber quando seu risco de ter uma aumenta; muitas mulheres, por exemplo, descobrem padrões em torno do ciclo menstrual; se você for capaz de definir esses padrões, entenderá melhor a peculiaridade da sua dor de cabeça e agirá de acordo
9 Os mandamentos:
COMO CURAR SEU CÉREBRO
Agora que você teve uma visão panorâmica do problema, que abrange mais que apenas grãos e inclui virtualmente todos os carboidratos, é hora de debruçar-se sobre as formas pelas quais você pode ajudar a saúde e o funcionamento das ideias no seu cérebro. Nesta seção do livro, vamos examinar três hábitos fundamentais: dieta, exercícios e sono. Cada um deles desempenha um papel significativo no bom ou mau funcionamento do cérebro. E com as lições aprendidas nesta parte, você estará totalmente preparado para executar o programa de quatro semanas apresentado na terceira parte.
O regime alimentar para o cérebro ideal
Bom dia, jejum, gordura e suplementos essenciais
Eu jejuo para ter maior eficiência física e mental.
Platão (428-348 a.C.)
estudos recentes mostraram que o beta-hidroxibutirato, a principal cetona, não apenas é um combustível, mas também um supercombustível, que produz energia ATP de maneira mais eficiente que a glicose. Ele também protegeu as células neuronais, em uma cultura de tecidos, contra a exposição a toxinas associadas ao Alzheimer ou ao Parkinson.2
O jejum durante buscas espirituais é uma parte integral da história das religiões. Todas as grandes religiões promovem o jejum como algo mais que um ato simplesmente cerimonial. O jejum sempre foi uma parte fundamental da prática espiritual, como no Ramadã muçulmano ou no Yom Kippur judeu. Os iogues praticam a austeridade em suas dietas e os xamãs jejuam durante suas buscas visionárias. O jejum também é uma prática comum entre os cristãos devotos, e a Bíblia tem exemplos de jejuns de um, três, sete e quarenta dias.
RESVERATROL: A mágica por trás dos benefícios à saúde de tomar uma taça diária de vinho tinto tem muito a ver com esse composto natural, encontrado na uva, que não apenas retarda o processo de envelhecimento, estimula o fluxo de sangue no cérebro e ajuda a saúde do coração, mas também comprovadamente inibe o desenvolvimento de células adiposas. Uma taça de vinho, porém, não tem a dose suficiente de resveratrol. Daí a necessidade de suplementá-la com doses mais altas, para colher seus benefícios.
PRÓBIOTICOS: Novas e impressionantes pesquisas mostraram que ingerir alimentos ricos em probióticos — microrganismos vivos que auxiliam as bactérias residentes no nosso intestino — pode influenciar o comportamento do cérebro e ajudar a aliviar o estresse, a ansiedade e a depressão.8, 9, 10 Essas tribos de “bactérias boas” que moram no seu intestino e auxiliam a digestão são estimuladas e nutridas pelos probióticos. Eles desempenham um papel na produção, na absorção e no transporte de substâncias neuroquímicas como a serotonina, a dopamina e o fator de crescimento nervoso, essenciais para um cérebro saudável e para a função nervosa.
ÓLEO DE COCO: Conforme já descrevi, o óleo de coco pode ajudar a prevenir e tratar doenças neurodegenerativas. Ele não apenas é um supercombustível para o cérebro, mas também reduz processos inflamatórios. Você pode tomar diretamente uma colher de chá ou usá-lo na preparação de refeições. O óleo de coco tem boa estabilidade térmica. Por isso, você pode usá-lo para cozinhar em altas temperaturas. Na parte de receitas, eu lhe darei algumas ideias para trabalhar com o óleo de coco na cozinha.
ÁCIDO ALFA-LIPOICO: Esse ácido graxo se encontra em todas as células do corpo, onde é necessário para produzir a energia para o funcionamento normal. Ele cruza a barreira hemato-encefálica e atua como um poderoso antioxidante no cérebro, tanto nos tecidos adiposos quanto aquosos. Hoje em dia os cientistas o investigam como um tratamento potencial para derrames e outras condições cerebrais que envolvem danos aos radicais livres, como a demência.14 Embora o corpo consiga produzir suprimentos adequados desse ácido graxo, nosso estilo de vida moderno e nossas dietas adequadas podem tornar útil a suplementação.
VITAMINA D: É um erro chamar a vitamina D de “vitamina”, porque na verdade ela é um hormônio esteroide lipossolúvel. Embora a maioria das pessoas a associe simplesmente à saúde dos ossos e ao nível de cálcio — daí ser ela adicionada ao leite —, a vitamina D tem efeitos de longo alcance sobre o corpo e, especialmente, sobre o cérebro. É sabido que existem receptores de vitamina D em todo o sistema nervoso central; também sabemos que a vitamina D ajuda a regular enzimas no cérebro e o fluido cérebro-espinhal, envolvidos na produção de neurotransmissores e que estimulam o crescimento de nervos. Estudos tanto com animais quanto em laboratório sugerem que a vitamina D protege os neurônios dos efeitos danosos dos radicais livres e reduz os processos inflamatórios. Veja abaixo algumas descobertas-chave:15
10- Exercícios e sono :
Uma mente velha é como um cavalo velho;
é preciso exercitá-lo se queremos que continue funcionando.
John Adams
...] Os mais atléticos e ativos sobreviveram e, assim como os camundongos de laboratório, passaram adiante as características fisiológicas que melhoravam sua resistência, inclusive níveis elevados de BDNF. Por fim, esses atletas precoces vieram a ter BDNF suficiente correndo em seus organismos para que parte migrasse dos músculos para o cérebro, onde ele passou a estimular o crescimento de tecido cerebral. Gretchen Reynolds
Num estudo similar, pesquisadores de Harvard identificaram uma forte associação entre os exercícios e as funções cognitivas em mulheres idosas, concluindo:
Neste estudo amplo e prospectivo de mulheres mais velhas, níveis mais altos de atividade física regular de longo prazo mostraram forte correlação com níveis mais altos de funções cognitivas e menor declínio cognitivo. Especificamente, os benefícios cognitivos aparentes de uma maior atividade física foram equivalentes a ter três anos de idade a menos e estavam relacionados a um risco 20% menor de comprometimento cognitivo.
E sono
Boa noite, cérebro
Alavanque sua leptina para controlar os hormônios
Encerre um dia antes de começar o outro,
e interponha uma sólida parede de sono entre os dois.
Ralph Waldo Emerson
"Antes do diagnóstico de sensibilidade ao glúten, minha saúde estava numa espiral negativa [...]. Embora eu apenas tivesse acabado de entrar na casa dos quarenta e fizesse exercícios diários, eu me sentia letárgico e mal conseguia chegar ao fim do dia [...]. Eu estava me tornado irascível e surtava facilmente, por qualquer motivo [...]. A depressão se instalou, já que eu não conseguia me livrar dos pensamentos negativos. Convenci-me de que ia morrer [...]. [Hoje] eu sou uma pessoa nova. Voltei a ser tranquilão e tenho energia o dia todo. Durmo a noite inteira regularmente e minha dor nas juntas desapareceu. Consigo pensar com clareza e não me distraio das minhas tarefas. A melhor parte é que aquela gordurinha teimosa em volta da minha região central virtualmente derreteu pela metade em duas semanas. Agradeço ao senhor por me devolver minha vida."
O livro The Rosedale Diet [A dieta de Rosedale], de Ron Rosedale e Carol Colman, que trata de forma abrangente da leptina no controle do peso, enumera os sintomas, muitos dos quais ocorrem também na resistência à insulina:13
• excesso de peso
• cansaço após as refeições
• presença de “pneuzinhos”
• pressão arterial alta
• desejo constante pelos alimentos favoritos
• sensação constante de estresse e ansiedade
• fome permanente ou no meio da noite
• osteoporose
• incapacidade de perder ou manter o peso
• desejo constante de açúcar ou estimulantes, como a cafeína
• triglicérides de jejum alto, acima de 100 mg/dl — principalmente quando igual ou superior aos níveis de colesterol
• tendência a beliscar depois das refeições
• incapacidade de mudar a aparência do corpo, por mais exercícios que faça
Aprovado...Tudo que vi acima é tudo Isso que temos que alinhar...Parabêns aos Personagem que teve essa belíssima Idéia !!!
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