Na fase garuda, expandimos nossa mente para incluir os outros. Felicidade é a experiência de amor e bondade entre família e amigos. O pensamento de amor é o mais poderoso dos sentimentos. O amor de nossos pais é o que nos traz aqui, e o amor de nossa mãe nos permite sobreviver. O amor de um ser humano por outro nos permite comunicar e crescer. A versão menos intensa do amor é bondade. Expressar amor e bondade aos outros os beneficia e nos enraíza em nossa própria felicidade. Esse amor e bondade são inatos na mente e no coração humanos. Mesmo que a maioria de nós a experimente em momentos aleatórios, é algo que podemos cultivar. Como a liberdade do garuda, é incomensurável e ilimitada.
A maneira de começar a meditação sobre amor e bondade é trazendo à mente alguém que você ama. Quando você pensa sobre essa pessoa, surge um sentimento de bondade, afeição e amor. O amor cresce quando você sente o desejo de que outro seja feliz. Pode não ser um profundo afloramento emocional, mas esse momento altruísta inato tira o holofote mental de você mesmo e o ilumina quando você pensa no que os faria felizes. Depois de ter despertado essa sensação, fique com ela. Esta é uma prática muito poderosa porque pode superar nosso egoísmo. E, ironicamente, o sentimento de amor e preocupação pelos outros é a melhor maneira de nos tornarmos felizes.
Ao longo dos séculos, os meditadores determinaram que a raiz da infelicidade, sofrimento e estresse é essencialmente egocentrismo. Ao fazermos essa contemplação, é claro que continuamos a cuidar bem de nós mesmos, mas nossa atitude mudou de olhar o mundo com a pergunta: O que me fará feliz? Quando esperamos que as circunstâncias externas tragam felicidade, estamos nos preparando para uma decepção após a outra. O garuda voa além de tal convencionalidade e mesquinhez.
A contemplação no estágio garuda consiste principalmente no desejo profundo de que os outros sejam felizes. Depois de acertar nossa postura e acalmar nossa mente, colocamos nosso foco no amor e na bondade. Primeiro, pensamos em nossos amigos e familiares e estendemos a eles nosso sincero amor e bondade. Então visualizamos a força ilimitada dessas qualidades chegando até mesmo a amigos e conhecidos distantes. Então nós estendemos isso para pessoas que não conhecemos. Ao fazermos isso, percebemos que o amor é infinitamente expansível. Nosso coração e mente estão realmente crescendo enquanto praticamos. Agora nós estendemos amor e bondade até aos nossos inimigos e outras pessoas difíceis. É assim que treinamos a capacidade inata de nossa mente e coração.
A contemplação da compaixão envolve trazer alguém à mente que está com dor. Imediatamente sentimos alguma empatia. Desejamos que o desconforto e a dor dessa pessoa parem. Esse pensamento é compaixão. Nesta contemplação, nos familiarizamos com a compaixão, desenvolvemos e nos treinamos nela. Desta forma, uma atitude compassiva se torna mais natural.
O benefício de contemplar o amor e a compaixão é que nos permite expressar essas virtudes mais prontamente em nossa vida. Essas contemplações são uma maneira muito poderosa de tornar a mente mais forte e mais resiliente, e também de nos fazer felizes. Eles nos permitem acomodar mais com a nossa mente, tornando o tecido da mente mais forte. Nossa mente se torna menos estressada e menos tributada pela atividade diária.
Amor e compaixão são elementos que precisam ser exercitados pela mente. Se exercitarmos indelicadeza e raiva, só nos tornaremos melhores nisso. Nesse estado, passamos da irritação ao desrespeito e à animosidade. Essas emoções não se sentem bem. Eles pesam muito em nossa mente e nos sentimos esgotados, se não exaustos. Essas contemplações sobre amor e compaixão estão treinando a mente para ir em outra direção - além de pensar apenas em nossa própria condição física e bem-estar.
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